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Furacão silencia São Januário em novo tropeço do Vasco

Foto/EstadãoConteúdo

O cenário parecia montado para uma vitória memorável do Vasco nesta quarta-feira. Diante de São Januário com ótimo público, o time superou dois desfalques por lesão no primeiro tempo para sair na frente e dar um alento à torcida na luta contra o rebaixamento. Mas isso durou até os 49 minutos do segundo tempo. No último lance da partida, o Atlético-PR arrancou o empate por 1 a 1, calou o estádio e manteve o adversário em situação preocupante.

O resultado levou o Vasco a 39 pontos, ainda correndo muitos riscos de descenso. No sábado, o time carioca tem confronto direto decisivo com o Corinthians, em São Paulo. Já o Atlético-PR subiu para 47 pontos, ainda na briga por uma vaga na Libertadores. Também no sábado, visita o desesperado Vitória em Salvador.

Sem Maxi López e Yago Pikachu, Valentim escalou um trio de ataque formado por Kelvin, Andrés Ríos e Rildo. No embalo deste esquema mais ofensivo, e no ritmo da festa nas arquibancadas, o time pressionou no início. Aos 13, criou seu primeiro grande momento em cruzamento de Rildo para o baixinho Kelvin, que apareceu completamente sozinho, mas, sem cacoete de cabeceador, jogou em cima de Santos.

O Atlético-PR parecia assustado e tratou de pressionar a saída de bola do Vasco para tentar neutralizar o adversário. Assim, criou bom momento aos 16, em erro de Henríquez. Mas o time da casa era amplamente superior e teria grande chance três minutos depois. Thiago Galhardo tabelou pelo meio e deu enfiada perfeita para Rildo, que apareceu nas costas de Jonathan, de frente para o goleiro, e jogou para fora.

O Vasco não conseguiria manter o ritmo alucinante e permitiu a reação do Atlético-PR. A ansiedade dos anfitriões foi prejudicando o time, o apoio da torcida virou reclamação e os visitantes passaram a dominar. Não bastasse o cenário adverso, Valentim ainda perdeu Ramon e Rildo, lesionados.

O jogo virou completamente e o Atlético-PR foi para o intervalo lamentando não ter aberto o placar, após ótima chance com Marcelo Cirino e finalização de longe de Wellington, que Fernando Miguel espalmou. Na volta do vestiário, porém, o Vasco se reencontrou e surpreendeu o adversário com uma postura novamente ofensiva.

O que se viu, então, foi uma partida aberta. O Vasco assustou aos cinco, após indecisão de Santos e Thiago Heleno que Andrés Ríos aproveitou, mas o Atlético-PR respondeu aos nove, com linda finalização de Pablo, que acertou a trave. Léo Pereira, em lance semelhante, ainda parou em Fernando Miguel.

Desta vez, porém, o Vasco soube controlar a reação do adversário e manteve-se em cima, quase sempre atacando pela direita. Por ali, Kelvin exigiu linda defesa de Santos aos 15. Dois minutos mais tarde, Thiago Galhardo avançou pelo setor e cruzou, Thiago Heleno tentou cortar de calcanhar e quase marcou contra.

E foi de um escanteio da direita que surgiu o primeiro gol vascaíno. Willian Maranhão aproveitou a sobra e colocou a bola para a área, onde Andrés Ríos foi atropelado por Pablo no domínio. O árbitro marcou pênalti, que Thiago Galhardo cobrou no meio do gol para marcar, aos 21.

O Atlético-PR imediatamente se lançou à frente e assustou com Pablo, em belo chute da entrada da área. O time visitante pressionou, buscou o empate, mas parava na retranca do Vasco, que ainda teve grandes chances em contra-ataques. Thiago Galhardo e Ríos finalizaram em cima de Santos.

Mas o time carioca recuou demais e seria punido por isso. Aos 49 minutos do segundo tempo, no último lance da partida, Renan Lodi colocou a bola na área, a zaga furou e Pablo ficou com a sobra. Na hora da finalização, foi travado, mas Léo Pereira bateu para o gol vazio.

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