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Olimpíadas 2024

Futebol feminino estreia nos jogos de Paris batendo Nigéria por 1 a 0

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Autor/Imagem:
Leandro Stein - Via Get ready/Foto Reprodução

A seleção feminina de futebol do Brasil iniciou nesta quinta-feira, 25 de julho, sua trajetória nos Jogos Olímpicos Paris 2024. E foi uma estreia bastante animadora da Seleção. O time de Arthur Elias fez uma apresentação sólida e derrotou a Nigéria por 1 a 0, em Bordeaux. Com chances pontuais, as brasileiras foram mais efetivas no ataque e, sobretudo, seguras no controle da bola. Titular, Marta teve ótima atuação.

A goleira Lorena até foi exigida pela Nigéria no início do primeiro tempo, embora o Brasil ditasse o ritmo no ataque. Marta chamava a responsabilidade e se apresentou para o gol. Primeiro, a camisa 10 balançou as redes, mas o tento foi anulado por impedimento. Logo depois, a Rainha serviu uma assistência belíssima para Gabi Nunes abrir o placar, aos 37 minutos.

Já no segundo tempo, o Brasil controlou o ritmo e esfriou as tentativas de reação da Nigéria. Marta continuava protagonizando os principais lances do time, com direito a uma bola na trave. O resultado já é essencial para as perspectivas de classificação aos mata-matas. Desde a estreia do futebol feminino nos Jogos Olímpicos, em Atlanta 1996, as brasileiras sempre passaram da fase de grupos.

O Brasil volta a campo no próximo domingo, 28 de julho — às 12h, horário de Brasília. No Parc des Princes, em Paris, as brasileiras medem forças com o Japão, que perdeu para a Espanha por 2 a 1 nesta primeira rodada.

O técnico Arthur Elias apostou em uma escalação ofensiva do Brasil, algo esperado pela própria convocação do elenco. Lorena iniciava a formação no gol, com a defesa composta por Antônia, Tarciane, Rafaelle e Tamires. Duda Sampaio e Vitória Yaya fechavam o meio-campo, com Ludmila e Marta abertas pelos lados do campo. Já na frente, Gabi Nunes e Gabi Portilho se combinavam. Era um 4-4-2, mas com jogadoras nas pontas capazes de transformar o time num 4-2-4.

O Brasil se postou no ataque desde os primeiros minutos. A Nigéria, contudo, se protegia bem na defesa e teve as primeiras chances claras, aos 15 minutos. Lorena salvou a Seleção duas vezes. Pegou um desvio dentro da área de Chinwendu Ihezuo e, logo na sequência, uma pancada de longe de Christy Ucheibe. As nigerianas ainda tiveram uma cabeçada perigosa por cima.

Passado o susto, o Brasil começou a se soltar um pouco mais. Gabi Portilho apareceu e quase abriu o placar aos 21. Ludmila cruzou rasteiro pela esquerda e a atacante chutou ao lado da trave. O volume ofensivo do Brasil se tornava maior. E as redes balançaram aos 36 minutos, numa troca de passes pela direita que Marta concluiu. Porém, um impedimento no início da jogada gerou a anulação do gol. Outro lamento veio com a saída de Tamires, que se lesionou numa entrada anterior e deu lugar a Yasmim na lateral esquerda.

Apesar dos baques, o Brasil deu sua resposta logo depois. O primeiro gol de fato aconteceu aos 37, agora válido. Foi uma pintura. Começou com Marta, que descolou um lançamento mágico de canhota. Gabi Nunes tinha o caminho livre à sua frente. Dominou com estilo e, na entrada da área, soltou uma pancada que venceu a goleira Chiamaka Nnadozie. Antes do intervalo, o Brasil teve um pedido de pênalti por toque de mão. Após longa revisão, a arbitragem não assinalou.

A Nigéria dava a impressão de que poderia voltar mais agressiva para o segundo tempo. O Brasil, no entanto, mantinha o jogo sob o seu controle e tinha a posse de bola a seu favor. As nigerianas precisavam correr atrás das trocas de passes. Faltava às brasileiras criar um pouco mais no ataque. A chance do segundo pintou por acaso, aos 15. Marta deu um lindo giro pela esquerda e cruzou. A bola venenosa quase entrou, batendo na trave.

O Brasil acionou o banco de novo aos 21, com Ana Vitória e Jheniffer nos lugares de Vitória Yaya (outra contundida) e Ludmila. A Nigéria se limitava a chutes de longe, sem tanto trabalho a Lorena. A Seleção era mais contundente. Aos 28, numa bola recuperada no ataque, Marta tirou a marcação e chutou para a defesa de Nnadozie. Seguia uma partida morna.

Aos 38, Gabi Nunes deu lugar a Kerolin, que não atuava há nove meses, após sofrer uma lesão ligamentar no joelho. Durante a reta final, a Nigéria tentou gerar um abafa. As africanas cruzavam muitas bolas na área e a defesa do Brasil conseguia afastar o perigo. As brasileiras tiveram mais respiro quando prenderam a bola no ataque durante os acréscimos. Comemoraram o triunfo. É uma vitória magra, mas vital para o time de Arthur Elias.

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