1 a 0 no Morumbi
Gabigol marca de novo e Santos passa pelo São Paulo
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emApós pouco mais de um mês de disputa do Campeonato Paulista é possível dizer que o Santos de Jair Ventura tem um progresso maior que o São Paulo de Dorival Júnior. Neste domingo, no Morumbi, o talento de Gabriel Barbosa foi decisivo para a vitória do time da Vila Belmiro por. O atacante fez o terceiro gol em três jogos e garantiu o triunfo santista por 1 a 0.
O São Paulo, que tem Dorival no comando desde o Campeonato Brasileiro do ano passado, voltou a apresentar limitações, que o impediram de furar o bloqueio adversário. “Jogos grandes como esse nós temos de vencer. Não podemos vacilar dentro de casa. Estamos pecando muito no último passe”, disse Jucilei, mais uma vez, um dos melhores em campo com a camisa tricolor.
O Santos, dirigido por Jair há pouco mais de um mês, tem problemas ofensivos, mas mostra evolução muito grande na marcação, o que torna sua defesa forte. “Fomos frios. Soubemos sofrer todos juntos, fortes na marcação. Achamos uma bola e conseguimos uma importante vitória”, afirmou Gabriel Barbosa, que festejou muito com Jair, após o apito final, ainda no gramado do Morumbi.
Os tradicionais rivais utilizaram formas diferentes de atuar. O time de Dorival apostava no toque de bola rápido e na movimentação contínua do ataque. Sem um centroavante típico, a bola vinha do meio de campo em forma de lançamentos de Jucilei, Petros ou Nenê à procura da infiltração de Cueva, Diego Souza ou Marcos Guilherme. O método deu pouco resultado e quando teve sucesso parou na boa atuação do goleiro Vanderlei. “Fizemos um bom primeiro tempo, criamos chances, mas faltou um último passe”, disse Jucilei, no intervalo.
“Gostei muito do primeiro tempo. Como há muito não gostava”, exagerou Dorival, em opinião bem diferente daquela dos mais de 36 mil são-paulinos presentes ao Morumbi, que se entusiasmaram mais em comemorar laterais e escanteios do que com lances perigosos à meta santista.
O Santos apostou no contra-ataque, mas não contava com a falta de entusiasmo de Sasha e Copete. Além de não ajudarem Gabriel na armação das jogadas de ataque, ainda eram omissos na marcação da saía de bola do adversário. A falta de atitude dos jovens fez o veterano Renato até deixar sua posição defensiva para ir até a área são-paulina.
“Senti a falta de um companheiro. É difícil jogar contra três ou quatro”, afirmou Gabriel após os 45 minutos iniciais. “É preciso caprichar mais o passe no último terço do campo (a partir da intermediária do adversário)”, disse Jair Ventura.
O São Paulo voltou para o segundo tempo, buscando os chutes de longa distância com Bruno Alves e Reinaldo, mas esta opção durou pouco. As bolas alçadas se tornaram a única opção. Cueva e Diego Souza, como vem ocorrendo nos últimos jogos, acabaram substituídos antes dos 30 minutos.
O Santos, que já estava satisfeito com o empate, nem precisou mudar sua forma de atuar. Logo aos oito minutos, Gabriel foi acionado e, livre de marcação, bateu seco para abrir o placar. Foi o terceiro gol do atacante em três jogos após seu retorno à Vila Belmiro.
Os últimos 15 minutos de jogo foram marcados pelo desespero do São Paulo, que não conseguiu outra vez manter o ritmo do início de partida durante os 90 minutos. Seus principais jogadores ainda não apresentam uma boa forma física.
No segundo clássico paulista, o São Paulo soma a segunda derrota – perdeu anteriormente para o Corinthians, no Pacaembu. Limitado, o Santos foi fiel ao seu estilo de jogo, que não agrada a torcedores e a crítica, mas que obteve bom resultado, que deve dar moral para Jair Ventura em seu início de trabalho.
O resultado levou o Santos aos 14 pontos, em primeiro lugar no Grupo D, sendo que o time só voltará a jogar no próximo domingo, diante do Santo André, na Vila Belmiro. Antes, na quarta-feira, o São Paulo, com dez pontos no Grupo B, tentará se reabilitar diante do Ituano, fora de casa.