José Escarlate
A história quem conta é o ex-ministro Ronaldo Costa Couto, além de figura cinco estrelas, historiador formado pela Sorbonne, em Paris.
Voltando ao tempo de Francesco Matarazzo, cuja epopeia conta em livro, revela ele que o conde recebeu em seu escritório um cidadão, com alguma formação, que tomando a iniciativa, desejava um emprego para fazer carreira e sustentar a família.
Bem apessoado, o jovem revelou sua condição de – naquele tempo chamavam guarda-livros -, despertando a curiosidade de Matarazzo. “Qual é o seu nome ?” – indagou o conde.
“Arquimemedes Barbobosa” – respondeu o rapaz, ao que retrucou Matarazzo: “O senhor é gago ?”.
“Não, senhor” – disse o jovem. “Gago era o meu pai”. E acrescentou: “O escrivão do cartório de registros é que era um filho da puta”.