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Gana por dinheiro tenta sujar licitação do Basa com o uso sujo de gama

No mercado publicitário, no jornalismo, no campo do Direito como no meio político, há pessoas gananciosas por dinheiro. Sedentos de grana, chegam mesmo a agir de má fé com gana; desinformam por mero oportunismo, a ponto de trocarem um N por M e, numa série de sucessão de teorias, ideias, sentimentos e outras coisas, criam um relato inverídico onde a gama toma corpo. É isso que está acontecendo no Pará, em torno de uma licitação limpa promovida e concluída com sucesso pelo Banco da Amazônia. Mas, como sempre, há os insatisfeitos que usam porta-vozes desacreditados para tentar confundir uma obra de arte com uma aquarela desfigurada com cores sujas.

Algo semelhante vem ocorrendo em Belém, com o blog do jornalista Fernando Vasconcelos publicando uma matéria intitulada “Sinapro tenta anular licitação publicitária irregular do Banco da Amazônia”. O texto mais desinforma do que esclarece sobre a realidade dos fatos. O título, evidentemente tendencioso, tenta reforçar a narrativa do Sindicato das Agências de Propaganda do Estado do Pará (Sinapro-PA), mas deixa de abordar pontos cruciais que desmontam a acusação e evidenciam o oportunismo da entidade.

A licitação do Banco da Amazônia, avaliada em R$ 50 milhões, seguiu todas as normas previstas na Lei Federal 12.232/2010, com um processo transparente e auditável. O certame, como qualquer processo público desse porte, enfrentou revisões rigorosas e contou com a participação de agências de diferentes unidades da Federação, promovendo a competitividade saudável que é esperada em licitações públicas.

No entanto, o Sinapro-PA esperou até o término da fase técnica e o anúncio dos resultados para, só então, judicializar a questão e alegar irregularidades. É no mínimo curioso que a denúncia só tenha surgido após a constatação de que nenhuma agência do Pará foi classificada na disputa. Se havia irregularidades tão graves como alegam, por que o sindicato não se manifestou antes ou mesmo durante o andamento do processo?

O Sinapro-PA reclama de “exigências abusivas”, como a comprovação de faturamento anual de R$ 20 milhões provenientes de um único cliente. Contudo, esse tipo de requisito é comum em licitações de grande porte e visa garantir que as agências tenham estrutura, solidez financeira e capacidade técnica para atender a contratos de alta complexidade e impacto, como o de publicidade institucional do Banco da Amazônia.

Criticar esses critérios como um meio de exclusão é ignorar a realidade do mercado publicitário: grandes contratos exigem grandes entregas, com equipes robustas, capacidade técnica comprovada e histórico de execução de campanhas relevantes. Não se trata de exclusão, mas de qualificação.

A atitude do jornalista Fernando Vasconcelos ao publicar a matéria com um título tão inflamado e carregado de juízo de valor é, no mínimo, lamentável. Ao sugerir que o Sinapro “tenta anular licitação irregular”, ele insinua que há uma ilegalidade comprovada no processo, o que está longe da verdade.

Além disso, o blog falha ao destacar que o Banco da Amazônia sequer teve a oportunidade de se manifestar antes de ser publicamente condenado pelo blogueiro. Ao invés de apresentar uma análise equilibrada, o jornalista optou por ecoar as acusações de um sindicato claramente insatisfeito com o resultado.

A estratégia do Sinapro-PA, ao judicializar o processo após o resultado técnico, demonstra uma tentativa clara de deslegitimar um certame bem conduzido apenas porque as agências locais não obtiveram sucesso. Essa postura prejudica o mercado como um todo, criando um precedente perigoso onde critérios técnicos e legais podem ser atacados por mero inconformismo.

Se o objetivo do Sinapro-PA fosse realmente defender a transparência e a legalidade, teria se manifestado durante a fase de abertura dos envelopes ou no início do processo licitatório, e não após os resultados serem divulgados.

O Banco da Amazônia é reconhecido por sua seriedade e compromisso com a transparência, e a licitação em questão reforça essa reputação. Em vez de buscar corrigir supostas falhas no processo, o Sinapro-PA optou por um ataque tardio e injustificado, promovendo uma narrativa oportunista.

Cabe ao mercado publicitário, e à sociedade como um todo, reconhecer esse tipo de ação como o que realmente é: uma tentativa de manipular processos legítimos em benefício de interesses específicos. Já ao blog de Fernando Vasconcelos, cabe a responsabilidade de informar com imparcialidade, sem recorrer a títulos sensacionalistas que distorcem a realidade e comprometem sua credibilidade.

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Dora Andrade é Editora de Business de Notibras

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