Pernambuco
Garanhuns, a cidade do agreste que semeia futuro
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Nas manhãs frias do agreste pernambucano, quando a neblina ainda se deita preguiçosa sobre os telhados, Garanhuns acorda cedo. O cheiro de café se mistura com o burburinho das ruas que vão ganhando cor e movimento. E não é de hoje que essa cidade, conhecida por suas flores, seus festivais e seu charme serrano, tem florescido também em outro terreno: o do trabalho.
Em um Nordeste que tantas vezes luta contra estatísticas duras, Garanhuns se destaca como quem insiste em contrariar o destino. A cidade tem sido celeiro de oportunidades, abrindo portas em galpões industriais, escritórios modernos, e até nas feiras e mercados onde o pequeno empreendedor ergue seu negócio com coragem e suor.
Quem anda pelas ruas da cidade percebe algo no ar — talvez seja esperança, ou talvez seja a dignidade de quem voltou a ter um ofício. Não é exagero dizer que, hoje, Garanhuns é símbolo de como o interior pode ser protagonista, e não coadjuvante, na transformação de uma região.
Tem quem diga que o segredo está na gente daqui — trabalhadora, criativa, que não espera cair do céu aquilo que pode construir com as próprias mãos. E é verdade. Mas há também um esforço coletivo: políticas públicas bem direcionadas, investimentos chegando, educação técnica crescendo. Quando a engrenagem funciona, o progresso deixa de ser promessa e vira rotina.
E assim, entre o frio das manhãs e o calor das ideias, Garanhuns vai seguindo, gerando empregos, atraindo olhares, e provando que o Nordeste não é apenas resistência — é também reinvenção
