Um garoto de quatro anos de idade se tornou o centro de uma polêmica entre seu pai e sua mãe – e também entre a Índia e o Paquistão, rivais históricos na Ásia que disputam entre si a região da Caxemira.
Iftikhar Ahmad esteve sob custódia policial, em uma cela na cidade de Ganderbal, na Caxemira indiana, por cinco dias no mês passado.
Ele não havia sido preso, mas seu pai, Gulzar Ahmad Tantray, havia – e Iftikhar se recusou a ir embora sem ele.
Tantray, que cresceu em uma aldeia em Ganderbal, foi para a parte da Caxemira administrada pelo Paquistão em 1990, alegando estar indo para fazer treinamento de armas no auge da insurgência contra a administração da Índia.
Ele retornou para a parte indiana de Caxemira no dia 17 de março, junto com Iftikhar, e foi levado pela polícia no dia seguinte.
Tantray foi libertado após pagar fiança no dia 22 e deixou a cela junto com Iftikhar.
Mas a mãe do menino, Rohina Kayani, que mora na parte da Caxemira administrada pelo Paquistão, acusou o marido de ter sequestrado a criança e fugido para o lado indiano.
A família de Tantray nega as acusações – e, na verdade, os dois lados sequer conseguem entrar em um acordo sobre a paternidade de Iftikhar.