Garra, técnica e torcida garantem vitória do Inter contra Santa Fe
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emA derrota em Bogotá foi devolvida pelo Internacional ao Santa Fe no Beira-Rio. Aos 42 minutos do segundo tempo, o Colorado marcou o segundo gol e eliminou o time colombiano em um Beira-Rio com novo recorde de público. A atuação não foi aquela dos sonhos, mas suficiente para Juan e Rafael Moura colocarem a equipe dirigida por Diego Aguirre na semifinal da Copa Libertadores. O jogo foi tenso, teve dois cartões vermelhos para os visitantes – Mosquera e Anchico, contudo sempre esteve mais acessível aos donos da casa.
Na Colômbia, o Inter perdeu com um gol marcado aos 46 minutos. Em Porto Alegre, o Independiente Santa Fe chegou a ter mais posse de bola, mas não resistiu a pressão do Colorado no segundo tempo. O lance que terminou com o gol de Rafael Moura gerou protesto por um erro da arbitragem. A bola bateu por último em Lisandro López e assim, não seria escanteio e sim tiro de meta. A bronca do time colombiano gerou pressão no árbitro após o apito final. O triunfo teve como destaque o zagueiro Juan, de atuação impecável, e a entrega de Lisandro López. Rafael Moura, que chegou a ser colocado na lista de negociáveis, foi vital ao marcar de cabeça.
Na semifinal, o Internacional pega Tigres-MEX, que eliminou o Emelec. O Cruzeiro até poderia cruzar o caminho do Colorado, por conta da regra que impede final entre times do mesmo país, mas o River Plate despachou o atual bicampeão brasileiro com um sonoro 3 a 0 em pleno Mineirão. Assim sendo, o chaveamento original se confirma e o time gaúcho reencontrará Rafael Sóbis (ídolo e bicampeão da América em 2006 e 2010) na próxima fase.
O começo do jogo teve um começo promissor, mas aos poucos ficou para lá de tenso. O gol de Juan logo aos 2 minutos, após escanteio da esquerda, liquidou com qualquer margem de erro do Santa Fe. Mas o mérito do Inter na bola parada não se comprovou com ela rolando no restante da primeira etapa. Ao contrário das melhores partidas do time no ano até aqui, não houve marcação pressão. A aplicação tática, contudo, foi levada ao pé da letra.
D’Alessandro quase na bandeirinha de escanteio da defesa, Lisandro López dando carrinho na intermediária e um Aránguiz incansável no meio-campo ajudaram o Inter a brecar o Santa Fe. A equipe colombiana, porém, ficou mais com a bola no pé girou muito em busca de espaços – que não apareceram.
Se o futebol não apareceu como se esperava, houve catimba e bate-boca. D’Alessandro e Mina se enroscaram fora do lance e o capitão do Colorado reclamou de agressão. Na sequência, levou um tapa no ouvido de Morelo e se irritou ainda mais. Antes do intervalo, houve espaço para Alisson errar duas saídas de bola e dar chance ao time colombiano chegar. Os dois foram para o intervalo empatados na posse de bola, 50% para cada lado, segundo estatística oficial da Conmebol. E com apenas uma finalização. Sorte do Inter que a sua conclusão entrou.
No vestiário, Gustavo Costas tirou Luis Páez e colocou Rivera. A entrada dele deixou o Santa Fe mais veloz e motivou o time visitante a tentar além do que já tinha feito. Reflexo disso, o Inter teve espaços e fez uma pressão com direito a quatro escanteios em série. D’Alessandro obrigou Castellanos a fazer boa defesa em cobrança de falta e Valdívia, pouco antes, também forçou o goleiro a agir em chute rasteiro. Mas não foi só Rivera que mudou o jogo. Mosquera e Anchico também ajudaram. O camisa seis gerou a expulsão de Diego Aguirre, que invadiu o campo para pedir um segundo cartão amarelo, e pouco depois derrubou Nilmar. É bem verdade que o atacante do Inter procurou o contato, mas o choque foi tão feito que o camisa sete do Inter teve de ser substituído. E o lateral levou cartão vermelho. O número cinco foi expulso aos 38 e deixou o jogo em ataque contra defesa por quase 10 minutos.
Aos 42 minutos, no décimo quarto escanteio do Inter na partida, D’Alessandro achou Rafael Moura. No primeiro poste, o centroavante desviou e colocou o Colorado na semifinal.