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Gasolina e diesel disparam após engodo do preço-voto
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emEnquanto os preços da gasolina e do diesel disparam em todo o país (em Brasília saltou, em menos de 24 horas pós-eleição, de 4,08 para até 5,40, numa demonstração inequívoca que as últimas quedas foram uma jogada eleitoreira para beneficiar Bolsonaro -, os preços atualizados de venda de gás natural, transportado e distribuído por dutos, tiveram uma redução média de 5% por metro cúbico, com relação ao trimestre entre agosto e outubro, conforme determinam os contratos acordados pela Petrobras com as distribuidoras.
Segundo a Petrobras, eles “preveem atualizações trimestrais e vinculam a variação do preço do gás às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio”. Durante o trimestre, de acordo com a empresa, o petróleo teve queda de 11,5%, além da depreciação de 6,5% no câmbio, o que significa que “a quantia em reais para se converter em um dólar aumentou 6,5%”. Ou seja, aumentar o preço na bomba, como os postos fizeram num efeito cascata direto na origem – foi um mero engodo.
Mas mesmo assim, no caso do gás, a Petrobras destacou que o preço final ao consumidor não é definido somente pelo preço de venda da companhia, as margens das distribuidoras e, no caso do gás natural veicular (GNV), dos postos de revenda entram nas contas, como também os tributos federais e estaduais.
Tarifas
A companhia ressaltou ainda que as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas. “Importante informar que a atualização anunciada para 1/11/22 não se refere ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em botijões ou vendido a granel”, observou a Petrobras.
Como estabelecido nos contratos acertados, os preços atualizados vão valer até 31 de janeiro de 2023. “A atualização trimestral do preço do gás natural e anual para o transporte do produto permite atenuar volatilidades momentâneas e aliviar, no preço final, o impacto de oscilações bruscas e pontuais no mercado externo, assegurando, desta forma, previsibilidade e transparência aos clientes”, informou a empresa, acrescentando que os contratos são públicos e divulgados no site da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).