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Em outubro

Gays ficam sem dinheiro para promover tradicional passeata

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Vinícius Lisboa

A 22ª Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) de Copacabana, na zona sul do Rio, está marcada para 15 de outubro, mas os recursos financeiros para viabilizar trios elétricos e atrações artísticas ainda não estão em caixa. A preocupação é a mesma entre os militantes da 17ª Parada do Orgulho LGBT de Madureira, que chegou a ser marcada para 16 de julho, mas teve que ser adiada para 29 de outubro por falta de apoio.

Com ou sem dinheiro, o Grupo Arco-Íris, organizador da Parada em Copacabana, promete que o protesto vai ocorrer. O diretor sócio-cultural do grupo, Julio Moreira, prevê que, sem arrecadação, a parada pode ser uma marcha com bandeiras, faixas e cartazes, o que mantém a reivindicação pelo respeito à diversidade:

“Tendo recurso ou não tendo recurso, a gente vai botar o bloco na rua. Em formato mesmo de manifestação, a gente vai seguir com o nosso público lá. Agora, se a gente não tiver recurso, não vai ter estrutura como a dos últimos anos, com trio elétrico, artista, mas a gente vai manter a manifestação até como forma de protesto contra o não investimento do Poder Público na parada”.

A Parada LGBT de Copacabana foi autorizada pela prefeitura no ano passado a captar recursos privados de apoiadores, que abatem o patrocínio de parte do valor devido ao Imposto Sobre Serviço (ISS). O município disponibilizou cerca de R$ 57 milhões em renúncia fiscal para todos os projetos deste ano.

Entre os incentivadores que estão em negociação com a parada carioca estão patrocinadores da Parada LGBT de São Paulo, a maior do país, mas os acordos ainda não estão garantidos. Ao menos R$ 500 mil são necessários para que a Parada de Copacabana ocorra nos moldes dos últimos anos, pois, mesmo que cantores e bandas abram mão do cachê, é preciso custear a estrutura de trios elétricos, som e segurança do evento.

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