Generais davam duro; de casa ninguém tirava eles

José Escarlate

O general Orlando Geisel, ministro do Exército de Médici, com a posse do irmão, Ernesto, no comando supremo do país não escondeu sua decepção de não ser mantido à frente da pasta. Depois de algum tempo, conformou-se.

Conformou-se mas não abandonou a residência oficial do ministro do Exército, no Rio, o confortável Palácio Laguna, próximo ao estádio do Maracanã. Ali permaneceu durante seu longo tratamento de saúde, onde faleceu.

Figueiredo, por sua vez, que sucedeu a Geisel, viveu desde o governo de Emílio Médici na Granja do Torto, que era destinada a residência oficial do Chefe do Gabinete Militar.

Chefiando o SNI, deveria ceder a Granja ao general Hugo Abreu, que exercia aquelas funções com Geisel. Hugo Abreu, não via Figueiredo com bons olhos, inclusive por isso, mas o tinha como um inimigo cordial.

E na Granja do Torto Figueiredo viveu até deixar a presidência da República.