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‘Generais de Bolsonaro não mandam em quartel’

Atenção ativistas pró e contra o governo de Jair Bolsonaro: os generais que ocupam cargos no Palácio do Planalto e na Esplanada dos Ministérios não mandam nos quarteis. A afirmação é de Rodrigo Maia, presidente da Câmara. Esses militares, disse o deputado, “não representam as Forças Armadas; um ministro que é general da reserva, ou ainda está na ativa e vira ministro de um governo, ele não representa as Forças Armadas. As FAs representam o Estado brasileiro”, enfatizou.

A declaração foi feita durante entrevista à TV UOL, na tarde desta segunda-feira, 1. Segundo Rodrigo Maia, “esses ministros representam a política do governo Bolsonaro, legítima. Eles não podem misturar o histórico, a carreira deles, uma posição política, com o que representam as Forças Armadas. Não podemos criticar as FAs pelo movimento de um ministro político que foi das FAs”, acentuou.

Da longa entrevista destacam-se, entre outros, os seguintes pontos:

“Não vejo nas Forças Armadas nenhum movimento de politização ou apoio político ao governo. Elas têm papel de garantir o estado, a nossa soberania, e assim deve ser de forma permanente”, ressaltou.

“Eu acho que, em um momento como esse, em uma pandemia que atinge a todo mundo, que atinge ao Brasil, nós estamos acompanhando movimentos como esse do último domingo que são inaceitáveis. É inaceitável que faça uma mobilização com respaldo do governo. Ele precisa respeitar as instituições democráticas.”

“Acho que a sociedade começou a se manifestar contra o que está acontecendo, e nós precisamos ter equilíbrio, responsabilidade com o Brasil e com os brasileiros nesse momento. O que acontecendo vai acabar aprofundando ainda mais a crise. O nosso problema não é o isolamento que faz a economia cair, é o vírus, aqui, na Europa, em qualquer país. Há uma crise sanitária que afeta a economia. O isolamento vai apenas na linha de salvar vidas”, analisou, que reconheceu a gravidade do momento atual no Brasil.

“Acho que vivemos um momento muito difícil da nossa geração, com certeza, nos últimos 100 anos — ou pelo menos desde a II Guerra não vivemos um momento tão difícil, uma pandemia. Chegaremos a 30 mil mortos, economia derretendo, os resultados do primeiro trimestre foram muito baixos e não podemos esquecer que a pandemia só atingiu o finalzinho do primeiro trimestre. Os economistas já projetando uma queda de 7%, a necessidade de corte de gastos, e junto com isso uma escalada e que não vem dessa pandemia, ela se mistura com a pandemia, porque vem do ano passado, com esses movimentos próximos ao presidente muito autoritários a quem diverge do presidente. Não é a quem faz algo de errado, mas quem discorda do presidente”.

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