O regimento interno das Forças Armadas impede que militares da ativa, de soldado a general, se manifestem publicamente sobre assuntos políticos. Quando o clima esquenta nos quartéis, oficiais da reserva costumam fazer as vezes de porta-vozes dos colegas de farda. Neste domingo, 3, ao menos dois generais garantiram que Exército, Marinha e Aeronáutica não farão qualquer coia que afronte a Constituição. Ou seja, Bolsonaro pode muito, mas não pode tudo. Dois exemplos do que se disse em Brasília neste domingo, 3: o general Santa Rosa, ex-ministro de Bolsonaro, afirmou que o presidente tem apoio popular, “mas as Forças Armadas são conscientes da sua missão constitucional”, frisou, acrescentando que o momento exige equilíbrio e reflexão. Já o também general Paulo Chagas, que concorreu ao governo de Brasília em 2018, pedindo votos para Bolsonaro, avalia que não há chance de golpe com o apoio dos militares. “O presidente está enganado, está interpretando do jeito que ele quer. As Forças Armadas jamais vão entrar numa aventura. O povo está dividido, o Brasil quer que cada um faça sua parte de forma responsável”, enfatizou.
Generais dizem ‘não a golpe’ com Bolsonaro
