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Tiro pra todo lado

Generais travam guerra com Ernesto por chefia da Apex

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Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque

Há uma guerra surda que pode provocar muito barulho nas próximas horas – ou no mais tardar, até a quinta-feira, 11. Trata-se da disputa dos generais que têm assento no Palácio do Planalto com o chanceler Ernesto Araújo. Como troféu para quem vencer a batalha, o comando da Apex – agência que cuida do comércio exterior do Brasil.

Ernesto tem dito que não abre mão de mudanças na agência. E diz contar com apoio incondicional de Olavo de Carvalho, o filósofo que, dos Estados Unidos, costuma disparar petardos com recheio de nitroglicerina contra oficiais graduados que trabalham ao lado do presidente Jair Bolsonaro.

A briga se arrasta desde meados de janeiro, quando Ernesto demitiu pelo twitter o então presidente Alex Carreiro. De lá para cá os dois lados dão rápidas estocadas das trincheiras e acionam suas metralhadoras giratórias.

Bolsonaro não está alheio à esa ‘guerrinha’. Tanto, que tem sobre sua mesa dossiês elaborados pelos dois lados. O presidente, porém, pretende fazer as mudanças de modo a evitar que um curto-circuito provoque incêndio de grandes proporções.

Ernesto quer a cabeça do diretor-presidente da Apex, Mário Vilalva. Defende para o lugar o diretor de Gestão Corporativa Márcio Coimbra. Os generais, por sua vez, cobram a demissão do próprio Coimbra, além da diretora de Negócios Letícia Catelani. Se vencerem a disputa, os militares podem levar de volta o dirigente demitido no começo do governo.

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