José Escarlate
Getúlio Bittencourt era assessor e profeta de Sarney, no Palácio do Planalto. Trabalhou em grandes jornais como a Folha de S.Paulo, Veja e Gazeta Mercantil, com acesso a importantes figuras da área política e econômica.
No governo José Sarney foi Secretário de Comunicação Social da Presidência, cargo que se misturava com a Secretaria de Imprensa, causando, vez por outra, confusão.
Os gozadores diziam que Sarney acabou na presidência da República ao ser eleito pelos micróbios do Hospital de Base de Brasília.
Astrólogo nas horas vagas, Getúlio era um pesquisador dos melhores, montando um excelente banco de dados, tendo vários livros publicados. Com cultura geral acima da média, era capaz de “gravar” na memória longos diálogos e reproduzi-los com perfeição.
Um dos episódios jornalísticos mais importantes do período militar foi a entrevista do general João Baptista Figueiredo para a Folha de S. Paulo, quando ele e o saudoso Haroldo Cerqueira Lima, o “Leleco”, conquistaram o Prêmio Esso. A conversa durou mais de hora e meia. O Planalto não permitiu anotações ou gravação da conversa.