Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República, defendeu nesta terça-feira o fim do financiamento de campanha realizado por pessoas jurídicas. Um dos principais interlocutores políticos do governo, ele defende a proposta do financiamento público de campanha de modo a evitar influência do poder econômico na política.
“No nosso sistema eleitoral temos à frente o poder econômico. Eu fico com pena. Tínhamos que libertar os nossos parlamentares desses financiamentos de campanha”, afirmou o ministro, durante audiência pública no Senado para debater o decreto que cria uma política nacional de participação social.
Na avaliação dele, esse tipo de mudança seria fruto de uma reforma política. “Não há outro jeito. A bendita reforma política é a única forma que temos para alterar essa relação (de influência de empresários sobre políticos)”, disse.
“Se não houver uma grande mobilização, não vai ter reforma política, porque pedir aos donos do poder para que se modifique o poder é muito difícil.”