Em fim de mandato – perdeu a disputa eleitoral de outubro para o deputado federal Antônio Reguffe, do PDT – o senador Gim Argello (PTB), já tem emprego garantido no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT): vai ser o homem responsável pela expansão dos produtos brasileiros no cenário externo.
O cargo equivale a uma espécie de vice-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O titular será o também petebista Armando Monteiro, que, a exemplo do senador brasiliense, teve frustrado seu projeto eleitoral no último pleito.
A diferença é que enquanto Gim tentava a reeleição na capital da República, o senador por Pernambuco tentava chegar ao Palácio Campo das Princesas, no Recife. Porém, prevaleceu o domínio ao longo dos últimos oito anos do falecido Eduardo Campos (PSB), que fez de Paulo Câmara governador.
A nomeação de Gim Argello será uma espécie de prêmio de consolação, por sua atuação à frente da CPI da Petrobras, desde o afastamento do presidente Vital do Rêgo (PMDB), que terá um gabinete no Tribunal de Contas da União.
A cadeira do paraibano Vital, aliás, é a mesma em que Gim quase sentou. Ele foi impedido de tomar posse, mesmo tendo seu nome referendado pelo Congresso Nacional, por uma série de manifestações que repudiavam a indicação de um político supostamente envolvido com corrupção para julgar as contas do governo.
O cargo de secretário de Comércio Exterior, destinado a Gim Argello, é ambicionado por figuras ilustres da República. Muitas, inclusive, teoricamente com mais aptidões para responder pelo setor.
Entre outras atribuições, Gim Argello coordenará a política brasileira de exportações, operações com o mercado internacional de uma maneira geral, defesa comercial dos produtos fabricados no Brasil, e por fim, a competitividade nos mercados interno e externo da indústria nacional.
Publicado originalmente em naredecomjoseseabra.com.br