Ginástica artística volta a ganhar medalhas com o retorno de Rebeca Andrade
Publicado
emDemétrio Vecchioli
A ginástica artística do Brasil mostrou força neste sábado ao ganhar medalha em duas competições por equipes na Europa. Em ambas, contou com retornos importantes. Rebeca Andrade voltou a competir após praticamente um ano e ajudou a seleção feminina a conquistar prata no Trofeo Cittá di Jesolo, na Itália. Já Sergio Sasaki, há cerca de 15 meses afastado por lesão, participou da campanha do bronze no DTB-Pokal, em Stuttgart.
O resultado mais importante, porém, foi das meninas. A competição na Itália teve a participação de apenas quatro equipes, mas todas fortíssimas: EUA (ouro), Itália (bronze) e França. As norte-americanas levaram a Jesolo praticamente força máxima, deixando de fora só Simone Biles, a melhor do mundo.
Com 223,700 pontos, o Brasil teve um resultado equivalente ao que valeu ao Japão o sexto lugar do Mundial do ano passado. Deixou pra trás as seleções da Itália (quinta no Mundial) e França (décima). A equipe, assim, ganha moral para brigar por quatro vagas no Rio-2016 pelo Pré-Olímpico que vai acontecer no Rio, em abril. Em teoria, é favorita a ficar em primeiro.
O resultado na Itália foi conquistado apesar da ausência de Lorrane Oliveira, que viajou com a equipe, mas não competiu. Flávia Saraiva deu show e somou 58,400 pontos no individual geral, em quarto, no meio de seis americanas. No Mundial, um desempenho desse valeria também o quarto lugar, atrás de duas americanas (é o limite) e uma romena.
Jade Barbosa também foi muito bem, com um total de 56,000 pontos, equivalente ao 10.º lugar do Mundial e sua melhor apresentação em muito tempo. Já Rebeca Andrade fez uma competição regular, competindo em três aparelhos. Só ficou fora no solo, uma vez que é que exige mais do joelho operado em julho do ano passado. Daniele Hypolito e a novata Carolyne Pedro, de só 15 anos, completaram a equipe.
MASCULINO – Em Stuttgart, o DTB-Pokal teve sua final neste sábado, um dia antes da etapa da Copa do Mundo que será realizada no mesmo ginásio no domingo. Diferentemente da fase de classificação, realizada na sexta, na final apenas dois atletas de cada país se apresentaram. O Brasil garantiu o terceiro lugar, atrás de Grã-Bretanha e Ucrânia, mas pouco à frente da Alemanha.
Sasaki competiu em três aparelhos: barra fixa (14,833), barras paralelas (14,666) e cavalo com alças (14,966), desempenho equivalente ao que teve no Mundial de 2014, quando foi sétimo colocado no individual geral. Volta muito boa para quem operou o joelho no fim de 2014 e o ombro em meados de 2015.
O destaque brasileiro, entretanto, foi Arthur Nory Mariano, que recebeu nota 15,300 na barra fixa (evoluindo 0,133 em relação ao quarto lugar do Mundial do ano passado) e 14,966 no solo (resultado que o faria ser sexto no Mundial). Nory, assim como Sasaki, deve brigar pelo Top 10 no individual geral do Mundial.