A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), disse em entrevista ao site Poder 360, publicada nesta terça-feira, 16, que para cumprir um eventual pedido de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva muitas pessoas teriam que ser presas e outras mortas. “Para prender o Lula, vai ter que prender muita gente, mas, mais do que isso, vai ter que matar gente. Aí, vai ter que matar”, declarou a parlamentar.
Após a repercussão, Gleisi tentou minimizar a fala afirmando que usou uma “força de expressão para dizer o quanto Lula é amado pelo povo brasileiro”. “É o maior líder popular do País e está sendo vítima de injustiças e violências que atingem quem o admira. Como não se revoltar com condenação sem provas? Política e injusta”, escreveu no Twitter.
Condenado a nove anos e seis meses de prisão pelo juiz Sergio Moro no caso do triplex do Guarujá, Lula será julgado em segunda instância pelo Tribunal Regional da 4ª Região (TRF4) no dia 24 de janeiro em Porto Alegre. Mesmo se a decisão de Moro for confirmada pelo TRF4, Lula só poderia ser preso depois que todos os recursos fossem esgotados no tribunal, segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF). A defesa ainda poderia ingressar com recursos no STF e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Discussão – No Twitter, Gleisi se envolveu em outra polêmica nesta terça-feira. Ao criticar editorial do jornal O Globo, que responsabiliza o PT por eventuais problemas de segurança em Porto Alegre na próxima semana, a senadora chamou o prefeito Nelson Marchezan Jr. de “prefeito fake news”. Ela também classificou o texto como “chinfrim”.
“Chinfrim é ser corrupto e nariz empinado. ‘Fake’ é a origem do patrimônio dos teus comparsas. O PT é ‘responsável’ pela ampliação da pobreza. E tu, ‘por que não te calas?’, cara de pau”, rebateu Marchezan Jr. pela rede de microblog.