Aparando arestas
Gleisi garante apoio do MDB ao futuro governo de Lula
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emPT formaliza convite para que MDB integre equipe de transição
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, formalizou o convite para que o MDB componha o conselho político do governo de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Após reunião com o presidente da sigla, deputado Baleia Rossi (SP), na Câmara dos Deputados, Gleisi agradeceu o apoio da legenda à campanha de Lula, especialmente da senadora Simone Tebet pelo envolvimento no segundo turno.
Rossi, claro, acenou positivamente. Segundo ele, entre emedebistas há um “espírito colaborativo para isso. O deputado sublinhou a necessidade de o PT acatar “algumas pautas que são caras ao MDB, como a reforma tributária, que é um dos assuntos que nos debruçamos nos últimos três anos”.
O deputado destacou que há o que chamou de “relatório avançado”. “Pode haver mudanças, mas é uma pauta para se conversar com a sociedade”, complementou. Outra pauta importante para o MDB é o Pacto Federativo. “Temos uma preocupação com estados e municípios que, por várias medidas que foram tomadas, estão sofrendo com falta de recursos”.
Além do MDB, desde o resultado das eleições, o PT também iniciou conversas com outros partidos de centro, como o PSD e o União Brasil.
Grupos
Com a estrutura que foi colocada à disposição do governo de transição no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, em fase final, Gleisi disse que foi iniciado o trabalho propriamente dito e que espera que o fluxo de informações entre o governo atual e o futuro seja tranquilo para bem do país.
Outra informação dada por Hoffmann é que pelo menos 32 equipes vão trabalhar em grupos setoriais a partir desta semana. Sobre especulações sobre quem estará na equipe ministerial do futuro presidente da República, a petista lembrou uma fala de Lula em que ele afirmou que não necessariamente quem estará na transição pode ser interpretado como ministeriável.
Na noite desta terça-feira, Lula desembarco em Brasília. Nesta quarta, 9, já tem agendada uma série de reuniões. O presidente eleito deve se encontrar com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD – MG), respectivamente, além dos presidentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber.