Após tantas virtudes nas últimas semanas, reflexo da transformação que completou um mês, o Internacional mostrou uma fraqueza. A derrota para o Independiente Santa Fe, em Bogotá, repetiu o filme visto contra o Atlético-MG: gol sofrido pouco antes do apito final.
A espécie de ‘calcanhar de Aquiles’ da equipe dirigida por Diego Aguirre põe o Colorado em situação inédita para o jogo da volta das quartas de final. Se ao mesmo tempo vive fase incrível no Beira-Rio, nunca atuou em casa com uma pressão assim.
Invicto no seu estádio há sete meses, o Inter de 2015 jamais pisou no gramado do Beira-Rio obrigado a ganhar e com saldo. Dos quatro jogos realizados em Porto Alegre até agora pela Libertadores, em apenas dois os resultados foram nos moldes daquele que precisa ocorrer contra os colombianos. Diante de Universidad de Chile e Atlético-MG o escore foi 3 a 1. Contra Emelec e The Strongest o placar foi 3 a 2 e 1 a 0 – este leva a disputa para os pênaltis.
Ao mesmo tempo que luta para não oficializar o trauma dos gols sofridos perto do apito final, o Internacional injeta confiança de que mesmo em um jogo atípico poderá avançar até a semifinal.
“Levamos gol no finalzinho, na pressão. Levamos nos descontos, como foi contra o Atlético-MG, mas não é um defeito do Inter. Acontece”, disse Vitorio Piffero, presidente do Inter. “Esse gol mancha a nossa atuação, fizemos uma boa partida. De qualquer jeito a gente ia ter que fazer um gol em casa, agora precisamos de dois”, afirmou o volante Rodrigo Dourado.
A última derrota do Colorado em sua casa foi em 19 de outubro de 2014, quando o Corinthians fez 2 a 1 no então time dirigido por Abel Braga. Desde então, o Inter somou 16 vitórias e três empates no Beira-Rio. Contra o Santa Fe, na quarta-feira que vem, vencer só não vai bastar.