A Costa Rica, maior surpresa da Copa da Fifa, enfim perdeu um jogo. Foi neste sábado, na Fonte Nova, em Salvador, para a Holanda. E volta para casa, mas com brilho e moral elevado. Afinal, a seleção estava no ‘grupo da morte’ e passou; teve um a menos contra a Grécia, levou gol no último minuto e, mesmo assim, passou nos pênaltis.
Seus jogadores apostaram que conseguiriam parar a Holanda como pararam a Itália e o Uruguai – e pararam, de forma que poucos críticos de futebol no mundo saberão explicar quando, no futuro, virem a tabela da Copa do Mundo de 2014. Só que, nos pênaltis, foi encontrado o limite: a Holanda conseguiu bater o goleiro Navas em 4 cobranças e está nas semifinais: 4 a 3.
A Holanda encara a Argentina, e o Itaquerão verá um duelo entre duas grandes seleções do mundo na próxima quarta-feira, às 17h. Os laranjas podem ver o jogo como uma chance de revanche, pelo vice em 1978; como a chance de manter o sonho de, após três vices, levantar a taça mais desejada do futebol mundial.
Para isso, terão que bater uma seleção que estará nas semifinais pela primeira vez após 24 anos, e liderada por aquele que, quatro vezes melhor do mundo, quer entrar de vez para o panteão dos melhores da história. É possível que o jogo seja ruim?
A primeira etapa do último duelo das quartas de final começou como era esperado: a Holanda teve que sair mais para o jogo, diferentemente do que vinha fazendo nas partidas anteriores, mas fez isso sem mudar um ponto fundamental em seu estilo: as bolas em velocidade para Robben. Enquanto isso, a Costa Rica se defendia e apostava na consciência de Bryan Ruiz no meio campo. Conseguiu criar boas jogadas que eram paradas com faltas pelos holandeses e soube neutralizar bastantes ataques rivais, mas viu por duas vezes a Holanda achar seu ataque nas costas da defesa.
Na segunda etapa, os 10 primeiros minutos foram similares à primeira metade, mas com um porém: em contra-ataque, Junior Diaz invadiu a área pela esquerda e tocou rasteiro para Campbell. O atacante foi derrubado, em lance que gerou suspeita de pênalti. Depois, a Costa rica chegou a ensaiar “gostar do jogo”, como diz o clichê, algo que acabou quando Campbell foi substituído.
A partir daí, Sneijder colocou a bola na trave em falta e Van Persie furou em lance dentro da pequena área. O destino foi a prorrogação, após o lance mais incrível da partida: nos acréscimos, Tejeda salvou bola em cima da linha após ela cruzar por dois atacantes na pequena área; a bola tocou no jogador e ainda no travessão antes de ser afastada.
A prorrogação mostrou que Navas fez um acordo com uma entidade espiritual, possivelmente: três bolas na trave, e nada de gol. Ureña ainda teve a chance para a Costa Rica, mas parou em Cillessen – que foi substituído por Krul só para as cobranças. Nos pênaltis,