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Goleiros não deixam passar nada no empate de 0 a 0 de Palmeiras contra o Oeste

Daniel Batista

Sem inspiração e lembrando as más atuações do ano passado, o Palmeiras não passou de um empate sem gols com o Oeste, em São José do Rio Preto, na noite desta quarta-feira, e tem um início de Campeonato Paulista bem diferente daquele que o torcedor esperava. É o segundo jogo consecutivo que a equipe não apresenta um bom futebol e deixa o gramado com a sensação de que perdeu dois pontos e não ganhou um.

O Palmeiras entrou em campo como se estivesse em casa. A maioria dos torcedores presentes no estádio Anísio Haddad foram lá para ver Dudu, Gabriel Jesus e companhia em ação, mas se decepcionaram com a exibição na primeira etapa.

Embora a formação não tenha dado tão certo contra o São Bento, quando teve que se contentar com um empate por 2 a 2, o técnico Marcelo Oliveira repetiu a disposição tática, com Dudu centralizado à frente, Barrios no ataque, esperando a bola, e Gabriel Jesus e Robinho caindo pelas pontas.

O problema é que o quarteto parecia nunca ter atuado junto. Faltava movimentação e criação nas jogadas, principalmente de Robinho, que no primeiro tempo apareceu só para levar cartão amarelo. Gabriel Jesus demonstrava uma ansiedade incomum para um garoto, que embora tenha apenas 18 anos, já é titular há um tempo e fez gol no jogo passado.

Sem conseguir trocar dois passes, o jeito foi apostar na arma do ano passado, que poucas vezes funcionou, mas era a única alternativa: os cruzamentos para a área onde o Oeste cortou todas sem dificuldades.

Na defesa, Roger Carvalho foi mais sério que Leandro Almeida com a bola no pé, mas não deixou de dar seu susto na defesa. Em uma jogada despretensiosa do Oeste, o zagueiro trombou com Lucas e deixou a bola fácil para Fernandinho chutar longe.

Com espaço para atacar, o time de Itápolis foi para cima e arriscou de fora da área, onde Fernando Prass precisou fazer pelo menos duas boas defesas. Aliás, o Oeste parecia mais um Palmeiras B. Amaral, Fernandinho, Ricardo Bueno, Patrik, Mazinho, Sandro Silva e Fábio fazem parte do elenco e todos já tiveram passagem pelo time alviverde.

Voltando ao jogo, a única coisa que fez o palmeirense se animar durante a partida foi a boa atuação de Jean. Além de passar segurança na marcação e impedir alguns contra-ataques, o ex-jogador do Fluminense, que fez nesta quarta seu segundo jogo pelo time alviverde, chegou bem no ataque e foi responsável pelas duas melhores finalizações da equipe no primeiro tempo. Mas era pouco para um time do tamanho do Palmeiras.

FALTOU CRIATIVIDADE – No intervalo, Marcelo Oliveira colocou Rafael Marques no lugar de Robinho e manteve a formação com Dudu centralizado. A diferença era que o atacante tinha maior liberdade para cair nas pontas quando tivesse oportunidade.

Com Gabriel Jesus participando pouco, Erik entrou em seu lugar e no primeiro lance já conseguiu um escanteio, onde, na cobrança, Roger Carvalho cabeceou na trave a cobrança de Zé Roberto.

Em seguida, entrou Cristaldo no lugar de Barrios e o jogo se abriu de vez. O Oeste levava perigo nos chutes de longa distância, onde Fernando Prass precisou trabalhar bastante – muito mais do que ele esperava, certamente. O Palmeiras resolveu passar a jogar no contra-ataque, explorando a velocidade de Erik e teve uma boa oportunidade com Cristaldo.

No fim, o empate acabou sendo melhor para o Oeste. E o Palmeiras mais uma vez deixou a desejar e mostrou que ainda precisa melhorar para passar confiança aos seus torcedores e corresponder às expectativas.

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