Pedro e Gustavo fuçaram todos os sistemas da polícia, mas nada de encontrar o tal ruivo bombado. De tanto falarem nesse homem, acabaram por dar-lhe a alcunha de Vermelho. Pesquisaram em vários sites de adeptos da musculação, mas ninguém batia com as características daquele sujeito.
Pensaram até em intimar novamente o motorista de Uber. Talvez ele tivesse inventado aquela história.
Os dias foram se tornando semanas e, depois de quase um mês de investigações, a frustração os tomava por completo. Decidiram deixar a poeira abaixar e se concentrar em uma investigação que Marcelo estava trabalhando.
Era sobre uma quadrilha de traficantes de drogas. Pedro pegou a pasta das investigações. Marcelo não havia contado aos colegas sobre o caso, mas os dois desconfiavam de que era algo grande, pois, não raro, ele ficava até mais tarde na delegacia. Por um momento, Pedro ficou olhando aquelas páginas repletas de informações. Antes de começar a leitura, decidiu pegar um pouco de café.
Gustavo. a princípio sem muita animação, começa a folhear o enorme arquivo. Ele mal lê o que está escrito. O policial até pensa que está precisando de umas férias, tamanho o estresse desde o assassinato de Susana.
No entanto, assim que ele vira uma das inúmeras folhas, eis que se vê diante do maior golpe de sorte de toda a sua carreira na polícia. Quase ao mesmo tempo, Pedro, com dois copos nas mãos, entra na sala. Ele estranha o amigo, que está com um sorriso maior que a própria cara.
– O que aconteceu? Por que está com essa cara de Coringa?
Gustavo aponta para o arquivo. Lá estão as fotos de dois automóveis, uma Hilux preta e um Golf prata. A placa da Hilux começava pelas letras JLX.
Aguarde novo capítulo na quarta-feira, 15.