Pílulas aos porcos. É apenas uma expressão permitida pela liberdade de imprensa. Depois que o novo secretário de Saúde do GDF (não de Brasília), Fábio Gondim, expoente do PT de Lula e Dilma, mas devoto de Sarney a quem deve prestar contas no juízo final, abocanhou o maior caixa da combalida Capital do Brasil, a selva definitivamente tomou conta dos grandes negócios.
Então vamos lá, sem liberdade poética, mas tecnicamente: o leão, animal, é do reino Animalia, do filo Chordata, da classe Mammalia, da ordem Carnívora, da família Felidae.
O gênero, vamos deixar para o final.
A compra de remédios em Brasília – é só a localização do cheque que paga – sempre foi um procedimento emergencial. A indústria farmacêutica é povoada por cabeças elaboradas, empresários competentes que observam as mazelas com lupa, que conhecem o estado precário do atendimento público da Saúde muito mais do que qualquer gestor legislativo. Secretário ou não.
De outro lado, parlamentares fazem lobby para indicar parceiros do setor para o fornecimento de medicamentos aos seus Estados. O Distrito Federal já está cumprindo o receituário e aviou a receita no outro lado do eixo onde está o Palácio do Buriti.
Aguarde, chegaremos até ao gênero.
O endereço, conhecido como farmácia, é a Câmara Legislativa do Distrito Federal. É apenas a localização de onde são encontrados os domadores da fera, mas a instituição nada tem a ver com a operação, fique claro. É aí que as jaulas podem ser verificadas.
Nesse estudo, deve ser grifado o fato que alguns ocupantes de jaulas, hoje libertados, estão fazendo uso de medicamentos tarja preta livremente no GDF. A receita é sofisticada e passa pelo envelhecimento de seus componentes. Aparecem vestígios e células de Íris Resende e até de Marconi Perillo no teste de DNA – não são testes do FDA – que embriagam novas safras. Mas está no sangue.
O gênero já vai chegar, aguarde.
Agora um laboratório do Rio de Janeiro chega para dar sobrevida ao Governo do Distrito Federal com o carimbo da nossa poderosa Câmara Legislativa. Como será finalizada a manipulação da receita, só após termos acesso ao bloco do doutor S.A.
Ele é o médico de plantão, dizem, de toda a Praça do Buriti, incluindo todos os poderes, como ele mesmo anuncia entre um charuto e outro aos seus pacientes. O problema é que ele exerce a medicina sem registro no CRM e seu único cadastro está guardado na Polícia Federal.
Daqui a pouco o gênero, vale a pena esperar.
Voltando ao nosso fornecimento de medicamentos, a savana onde habita a autoridade legislativa que deu o aval ao laboratório carioca, está precisando de antibióticos poderosos.
Para quem quer saber o gênero, vamos lá: é Panthera. No mundo moderno, até a fauna pode mudar a cor do pelo. Ela bem que poderia ouvir mais o francês que não reclama de uns arranhões…
Kleber Ferriche