O governo dos Estados Unidos rebateu as informações que afirmam que quase 1,5 mil imigrantes ilegais menores de idade sumiram no país após serem separados da família na fronteira, alegando que não é certo chamá-los de “desaparecidos”.
Segundo o jornal The New York Times, que cita fontes do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS), o governo perdeu o rastro de pelo menos 1.475 menores. Eles foram separados dos pais na fronteira e entregues a famílias de amparo.
Em entrevista coletiva, diferentes funcionários da Casa Branca culparam a gestão do ex-presidente Barack Obama pelo problema, criticando a política de “capturar e libertar” adotada na época.
Essa política permite que os agentes de fronteira libertem os imigrantes ilegais presos na fronteira caso eles não representem um risco para a segurança do país. Dessa forma, eles podem permanecer em liberdade enquanto esperam o julgamento de deportação.
De qualquer forma, segundo Stephen Miller, assessor político da Casa Branca, a descrição do problema feita pelo Times não está correta já que os menores não estão sob custódia do governo.
Na maioria dos casos, conforme Miller, essas crianças são entregues a seus próprios parentes que já vivem no país.
O assessor explicou que os dados publicados no jornal se referem a 14% dos casos nos quais o governo quis fazer um “acompanhamento voluntário” dos menores e não obteve resposta das famílias.
“Não existe nenhum motivo para pensar que ocorreu algo com essas crianças. Se você liga para um amigo e ele não atende ao telefone, você não pensa que ele foi sequestrado”, disse Miller.
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Além disso, Miller acusou os democratas de impedir o fim da “crise humanitária” na fronteira por se negarem a aprovar os recursos necessários para a construção de um muro e leis mais firmes para modificar o atual programa migratório em vigor no país.
“Se não fosse pelos democratas e a recusa em fechar esses vazios legais, os imigrantes poderiam ser enviados aos seus países de origem de maneira rápida e segura”, concluiu.