O governo venezuelano de Nicolás Maduro e a oposição política retornaram à mesa de negociações na Cidade do México alimentando um diálogo que começou há mais de dois meses. O chefe da delegação governamental, Jorge Rodríguez, declarou que, nesta terceira rodada de negociações com a oposição, será solicitada a devolução dos bens roubados do país no exterior.
Por sua vez, Gerardo Blyde, que representa a oposição, disse que esta etapa do diálogo, que terminará na segunda-feira, se concentrará no sistema de justiça na Venezuela, uma questão profunda e complexa, admitiu ele.
A Noruega está mediando as negociações enquanto a Rússia e os Países Baixos acompanham as conversações desde sua inauguração em 13 de agosto com a assinatura de um memorando de entendimento no qual as partes expressam sua vontade de negociar de forma intensa, abrangente e pacífica.
A ideia do diálogo é chegar a acordos que levem à realização de eleições, ao levantamento de sanções econômicas e ao estabelecimento de vias de convivência social e política, entre outros pontos.
Nas duas últimas rodadas, as partes concordaram na ratificação e defesa da soberania da Venezuela sobre Guayana Esequiba, bem como em pactos parciais relacionados com a proteção social dos venezuelanos.
No início de setembro, no final de sua mais recente reunião, as partes emitiram um comunicado conjunto no qual anunciaram que as negociações ainda estão em andamento e que a próxima questão a ser discutida é o respeito ao Estado de Direito constitucional.
Eles indicaram que também continuarão a discutir a proteção da economia venezuelana e medidas para a proteção social da população, incluindo os Direitos de Saque Especiais, previstos para este fim pelo Fundo Monetário Internacional.