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Xô, dengue

Governo e prefeituras dão as mãos para matar o Aedes

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Autor/Imagem:
Paulo Cunha, Edição - Foto Divulgação

O governador João Azevêdo promoveu, junto com a Secretaria de Saúde, uma reunião virtual com os prefeitos dos 223 municípios para alinhar estratégias e ações contra a dengue. A implantação de estrutura de tenda de hidratação de curta duração; a disponibilização do sistema de Telessaúde para orientar os profissionais de saúde, em especial os que estiverem na Atenção Primária ou UPA, e do Alô Saúde Dengue 0800 281 6591, para tirar dúvidas da população; a abertura da Sala de Situação das Arboviroses para monitorar e supervisionar a implementação das ações de mobilização e combate ao mosquito transmissor da dengue, distribuição das primeiras doses da vacina Qdenga e Dia D de mobilização foram algumas das ações apresentadas aos gestores municipais.

A ideia da reunião foi dialogar com os territórios sobre o cenário epidemiológico do agravo no estado e discutir a execução do plano de contingência na Paraíba. Até o momento, foram notificados 689 casos prováveis de arboviroses, sendo 588 de dengue, 96 de chikungunya e cinco de zika, além da confirmação de um óbito para dengue, em Camalaú. Outro óbito segue em investigação para chikungunya, em Sapé. A agenda foi realizada em conjunto com o Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems-PB), o Conselho Regional de Medicina (CRM) e a Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa.

O governador João Azevêdo abriu a reunião e destacou a importância da parceria entre o estado e municípios para a adoção de medidas conjuntas com o objetivo de evitar o aumento de casos de dengue na Paraíba. “Esse é um momento de união de esforços nessa luta contra a dengue para que possamos controlar o número de casos. É muito importante que façamos essa conscientização junto à população sobre os cuidados que devemos adotar para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti e eu agradeço a participação de todos na reunião para que possamos definir medidas, atuar em conjunto em favor da vida, seguindo a ciência e colocando à disposição dos municípios nossa estrutura de saúde”, frisou.

A Paraíba, que, mesmo com o aumento de notificações, não apresenta um cenário crítico quanto ao agravo, tem reforçado junto aos 223 municípios estratégias e metodologias capazes de diminuir focos e aumentar o controle do Aeds aegypti – mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika. Todo o trabalho da SES está voltado para fortalecer a rede assistencial. Desde o final de 2023, a vigilância em saúde do estado vem mantendo o diálogo com os municípios e realizando capacitações com as equipes a respeito da intensificação da prevenção de focos do mosquito e a respeito do manejo clínico dos pacientes. A Rede Estadual, bem como a municipal, estão abastecidas de medicamentos para combater os sintomas, visto que não há um medicamento específico para o agravo. Além de soro para a hidratação de pacientes mais graves.

De acordo com o secretário de Saúde, Jhony Bezerra, será disponibilizado o sistema de Telessaúde para orientar os profissionais de saúde, discutir casos entre um médico/enfermeiro e o profissional que estiver na atenção Primária ou UPA. Já para a população será disponibilizado o Alô Saúde Dengue 0800 281 6591, de segunda a sexta-feira, para que as pessoas possam tirar dúvidas sobre sintomas com um profissional de saúde.

“Vamos implantar uma estrutura de tenda de hidratação de curta duração. O objetivo é evitar internações. Esses pontos serão exclusivos para dengue e estarão presentes nas três macrorregiões de saúde. A Paraíba tem uma rede robusta e conta com 34 hospitais de gestão estadual que são portas abertas para aos usuários com quadros agudos. Além disso, temos 61 ambulâncias e duas aeronaves vinculadas à SES para atender a todas as regiões do estado e agilizar as emergências de transferência hospitalar”, pontuou.

A presidente do Cosems, Soraya Galdino, observou que, apesar da situação confortável do estado, é preciso trabalhar a prevenção. “Precisamos chamar a população para estar junto com a gestão, pois 75% dos focos estão nas casas das pessoas. Nós podemos trabalhar com a prevenção e evitar os cenários mais graves. Vamos fortalecer nossa Atenção Primária, capacitando os profissionais da ponta, junto com a SES”.

Sobre as ações que estão sendo feitas, Jhony comentou sobre a abertura da Sala de Situação das Arboviroses, na quarta-feira (15), que tem como objetivo coordenar, monitorar e supervisionar a implementação das ações de mobilização e combate ao mosquito. Entre as atribuições da sala de situação estão ainda o apoio com insumos, equipamentos e logística; a consolidação de dados e informações provenientes dos municípios; a mobilização das instituições de ensino em todos os níveis da educação; e a conscientização da sociedade sobre a importância da atuação de cada cidadão nos cuidados preventivos necessários para evitar a proliferação do mosquito nos ambientes; avaliar resultados da intensificação da campanha para orientar a continuidade das ações; prestar apoio técnico aos municípios.

O secretário destaca ainda que na quinta-feira (15) foram distribuídas as primeiras doses da vacina contra a dengue (Qdenga) para os 14 municípios que irão iniciar a vacinação, que são: João Pessoa, Santa Rita, Cabedelo, Bayeux, Conde, Caaporã, Sapé, Alhandra, Pitimbu, Cruz do Espírito Santo, Lucena, Mari, Riachão do Poço e Sobrado. O esquema é de duas doses com intervalo de três meses entre elas. A vacinação contra a dengue vai beneficiar 92.380 crianças e adolescentes de 10 a 14 anos na Paraíba. A vacina protege contra a dengue causada pelos sorotipos 1, 2, 3 e 4 do vírus. O gestor lembra que no dia 24 haverá um dia D de mobilização contra a dengue e o mosquito.

A Secretaria de Saúde lembra que os focos do mosquito Aedes Aegypti, na grande maioria, são encontrados dentro de casa, quintais e jardins. Daí a importância de as famílias não esquecerem que o dever de casa no combate ao mosquito é permanente. Pelo menos uma vez por semana, deve ser feita uma faxina para eliminar copos descartáveis, tampas de refrigerantes ou outras garrafas, não deixar água acumulada em pneus e adicionar cloro à água da piscina são algumas medidas que podem fazer toda a diferença para impedir o registro de mais casos de arboviroses, além de receber em domicílio o técnico de saúde devidamente credenciado, para que as visitas de rotina sirvam como vigilância.

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