Samira Pádua e Vinícius Brandão
Apesar de o número de pessoas sem ocupação ter caído de 306 mil em agosto para 305 mil em setembro, a taxa de desemprego total em Brasília apresentou estabilidade de um mês para o outro, com variação porcentual de 18,7% — a mesma de agosto em relação a julho.
Por outro lado, segundo a última Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), a quantidade de ocupados subiu de 1,328 milhão em agosto para 1,329 milhão em setembro.
O aumento de empregos foi devido ao setor da indústria de transformação (com mil ocupações a mais), da administração pública (2 mil) e dos serviços (2 mil). Já o comércio e a construção civil tiveram decréscimo de mil vagas cada um.
A divulgação dos dados ocorreu nesta quarta-feira (25), em coletiva de imprensa no auditório da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).
“Saímos da fase mais aguda da crise, do aumento do desemprego, e entramos em um período de recuperação gradual”, explicou o gerente de Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Jusçânio Umbelino de Souza.
Para ele, a expectativa é que os resultados sejam mais satisfatórios no próximo trimestre, com aumento da ocupação em níveis mais significativos.
O levantamento é feito pela Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a Codeplan e a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade-SP).
O subsecretário de Atendimento ao Trabalhador e ao Empregador da Secretaria do Trabalho, Gerson de Paula Júnior, destacou ações da pasta que contribuem para o emprego, como os cursos gratuitos do Qualifica mais Brasília e a entrega de cartas de crédito do Prospera.
Em 12 meses, DF teve aumento de 51 mil postos de trabalho – Além da variação mensal, a PED mede as mudanças das taxas anuais. De setembro de 2016 para o mesmo mês deste ano, foram oferecidos 51 mil postos de trabalho a mais.
O crescimento ocorreu devido ao acréscimo de vagas no comércio (21 mil postos a mais), nos serviços (14 mil), na indústria de transformação (10 mil) e na construção civil (mil). Apenas a administração pública teve diminuição nos últimos 12 meses, com 21 mil empregos a menos.
O contingente de desempregados, porém, subiu em 39 mil pessoas — resultado do crescimento da população economicamente ativa no mercado brasiliense, com incremento de 90 mil trabalhadores. Como o número de postos disponíveis foi inferior, o desemprego aumentou.