Servidores federais reunidos com secretários do Ministério da Gestão e Inovação estão “frustrados e decepcionados” com o desdobramento das negociações, lideradas pela ministra Esther Dweck. A informação é do blog Srsiape. Nos últimos dias, pelo menos três categorias tiveram encontros em mesas temporárias de negociação. Representantes das carreiras veem essas separações como uma tentativa de reestruturação.
“No entanto, o governo apresenta uma proposta padrão para todos. É frustrante. Parece que o governo está escolhendo carreiras para beneficiar. Educação e saúde, a base da pirâmide, recebem uma oferta padronizada”, desabafa Sérgio Ronaldo da Silva, da Confederação dos Trabalhadores Serviço Público Federal (Condsef).
O governo manteve a proposta de recomposição salarial para as categorias, com percentuais iguais aos do “carreirão” do Executivo: 9% e 3,5%, respectivamente para 2025 e 2026.
As categorias pediram um reajuste para 2024, mas o governo não atendeu. Sugeriu apenas um aumento para benefícios, como auxílio alimentação.
O SindPFA considerou o resultado decepcionante. “O governo prometeu mesas específicas para discutir as distorções de cada categoria, mas trouxe a discussão da recomposição para elas e pasteurizou uma proposta única para todos, sem entrar nas especificidades”, critica João Daldegan, presidente do sindicato.
“As categorias mais privilegiadas recebem maiores percentuais, favorecendo a ‘elite’ dos servidores federais”, completa.
Na próxima semana, haverá assembleias específicas para avaliar a proposta, com possibilidade de paralisações e greve. A orientação do Condsef é rejeitar as propostas apresentadas pelo governo esta semana.