O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), anunciou nesta quarta-feira, 13, que a votação da reforma da Previdência ficará para o ano que vem. Jucá disse que o Palácio do Planalto, em comum acordo com os presidentes da Câmara e do Senado, decidiu deixar a apreciação do tema para janeiro ou fevereiro de 2018, para garantir o número de votos necessários para a aprovação do tema.
“Hoje será votado o Orçamento, com isso, não haverá quórum para votar a reforma da Previdência. Vamos aguardar até fevereiro para votar ou até convocar uma sessão extraordinária em 2018 se houver entendimento”, disse. “Mesmo que haja convocação extraordinária será em janeiro. Isso vai depender do mapeamento e presença dos parlamentares em Brasília. Pela lógica, a votação da Previdência fica para o ano que vem”, explicou.
O líder do governo foi questionado sobre a razão de o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), ter pautado a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) para esta quarta-feira, o que afeta justamente o quórum na Congresso para semana que vem, quando o governo previa tentar votar a reforma da Previdência. Mas Jucá respondeu apenas que a votação do Orçamento precisava do número máximo de parlamentares na Casa.
“Ao marcar a votação do Orçamento se fixou a data de hoje como limite para a presença de parlamentares na Casa. Na próxima semana, poderia não haver quórum para votar o Orçamento”, argumentou antes de negar que o governo tenha sofrido uma derrota.
“De forma nenhum houve derrota do governo. Foi um entendimento em conjunto em razão de números para a aprovação da reforma da Previdência. Não é certa a aprovação da reforma da Previdência, mas estamos trabalhando para isso”, justificou.
O líder do governo no Senado tentou mostrar otimismo em relação à repercussão negativa junto ao mercado por conta do adiamento da votação. “O mercado sabe ler os fatos. Se hoje vota o Orçamento, na próxima terça-feira, dia 19, não teria quórum”, falou.
Jucá enalteceu a ainda a notícia de que o PSDB decidiu fechar questão a favor da reforma e afirmou que espera que outros partidos tomem o mesmo caminho. “O governo teve uma vitória, que foi o fechamento de questão do PSDB”, complementou.
Ao final, ele contou que o PMDB irá punir os parlamentares do partido que não votarem a favor da proposta.