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Governo Pezão é responsável pela morte de PM no Alemão

A morte do policial militar Fábio Gomes da Silva, de 30 anos, em um confronto com traficantes no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, no último dia 21, tem um responsável: o governador Luiz Fernando Pezão. Fábio é mais uma vítima da “linha de produção” de policiais para as UPPs, que o governador e o seu antecessor, Sérgio Cabral, criaram. Reduziram em três meses o curso de formação de soldados da PM e acabaram com o estágio de seis meses para os recrutas. Fábio, com apenas um ano de polícia e sem o treinamento necessário, foi lotado no Alemão, onde a “pacificação” naufragou e há constantes tiroteios entre traficantes.

“UPP no Alemão é mentira. Só tem policiamento no entorno das bases principais e lá em baixo nas entradas, estrada do itararé, Av. Itaoca e ademar bebiano. Na Nova Brasília por exemplo só tem policiais até o largo da Vivi. Dali para frente, largo do samba, rua 2, chuveirinho, inferno verde, beco do Sabino, churrasqueira, largo do bulufa, areal ( quer dizer tudo neh) já está dominado pelo tráfico. Está da mesma forma com era antes, não por falta de empenho dos garotos da UPP. Passou 10m do largo da vivi já começam os tiros, pistola aos montes, Ak aos montes, Ar aos montes, até barulho de g3 na foi ouvido. Os poucos que se aventuram acontece isso, morrem. Toda hora o Bope tem que entrar. O Bope chega eles somem, pq sabem que o azar é certo. É o Bope virar as costas que eles metem bala na upp de novo. Que comunidade pacificada é essa que o Bope tem que ir praticamente todo dia???”, questionou um morador da comunidade, que preferiu não se identificar.

Durante o enterro de Fábio Gomes, uma tia do soldado criticou a atuação dos governos estadual e municipal no sentido de conter a criminalidade nas áreas pacificadas. “A minha revolta é como pode colocar meninos que não são formados, inexperientes, para entrarem dentro de uma favela, são favela perigosas, que em determinado horário, que eu saiba, em determinado horário é apagada as luzes. Eles, os bandidos, tem armamento a laser e eles [se referindo aos policiais] tem uma arminha qualquer. Queria ver se fosse o filho de um deputado, o filho do Sérgio Cabral, o filho do Pezão, se eles colocariam ali, na UPP para enfrentar esses criminosos”, desabafou a tia do policial.

O Portal Procurados do Disque-Denúncia lançou na noite desta terça-feira um cartaz oferecendo a recompensa de R$ 5 mil para quem indicar o paradeiro ou qualquer informação que leve a prisão Igor Quirino Lopes da Silva e Thiago da Silva, mais conhecido como Garnizé. Os dois são suspeitos de assassinar o PM.

O soldado foi baleado enquanto fazia um patrulhamento em uma localidade do Alemão e não resistiu aos ferimentos. O PM, que teve o seu corpo sepultado nesta terça, faria 31 anos amanhã. Com a morte do policial, sobe para cinco o número de PMs baleados na comunidade desde janeiro deste ano.

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