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Governo suspende derrubadas no parque Ezechias Heringer

Derrubadas na periferia do Plano Piloto, a exemplo do que aconteceu no Lago, chegam ao Guará, mas com outra conotação e chances de uma negociação

Jade Abreu

A desocupação de áreas irregulares no Parque Ecológico Ezechias Heringer, no Guará, foi suspensa. A interrupção ocorreu para que as famílias do local sejam atendidas pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab) e inseridas em programas sociais e habitacionais do governo.

Os ocupantes haviam dispensado qualquer benefício até a segunda-feira (3), quando a Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) retomou as ações de desobstrução de área pública no parque.

Segundo a autarquia, com o início da operação, as pessoas aceitaram negociar. São famílias carentes que estão no local há anos e, por isso, têm direito ao benefício.

Os moradores foram notificados da retomada em abril. Eles recorreram da decisão e tiveram o recurso negado na semana passada. Do total, 11 ocupantes obtiveram liminar e não terão as construções afetadas.

A desocupação teve início em 9 de janeiro deste ano com o objetivo de proteção ambiental da reserva. Espécies endêmicas (que só ocorrem naqueles lugares) da fauna, como o peixe pirá-brasília, e da flora, como as micro-orquídeas, estão sendo ameaçadas pela invasão do espaço.

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