Caxumba não mais é uma doença de antigamente, daquelas que não se tem mais registros no Brasil. Mesmo com a prevenção por vacinas, a caxumba ainda acomete muita gente. “Somente em 2020, até o dia 25 de julho, foram notificados 186 casos de caxumba entre os moradores do Distrito Federal”, informa a gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar, Renata Brandão.
A caxumba é uma doença viral aguda e contagiosa, de transmissão respiratória, causada pelo vírus Paramyxovirus. O contágio se dá por meio do contato com gotículas de salivas de pessoas infectadas ao tossir, falar ou espirrar.
“Os sintomas mais comuns, quando ocorrem, são febre, calafrios, dores de cabeça, musculares, ao mastigar ou engolir, além de fraqueza. Uma das principais características da caxumba é o aumento das glândulas salivares próximas aos ouvidos, que fazem o rosto inchar”, explica.
A incubação da doença varia de 12 a 25 dias – sendo, em média, 16 a 18 dias. Já o período de transmissibilidade da doença varia entre seis e sete dias antes das manifestações clínicas, até nove dias após o surgimento dos sintomas. Portanto, a pessoa que está com caxumba deve ser afastada das suas atividades por um período de dez dias.
Tratamento
“A vacinação é uma das principais medidas preventivas para caxumba e encontra-se disponível na rotina do Calendário Nacional de Vacinação. Trata-se da vacina Tríplice Viral (previne sarampo, rubéola e caxumba) aplicada aos 12 meses e a vacina Tetra Viral (previne sarampo, rubéola, caxumba e catapora), aplicada aos 15 meses”, destaca Renata.
As crianças acima de 5 anos e pessoas com até 29 anos, que não foram vacinadas anteriormente, deverão receber duas doses da vacina Tríplice Viral com intervalo de 30 dias entre as doses.
Já as pessoas com idade entre 30 e 59 anos que não foram vacinadas anteriormente devem tomar uma dose da Tríplice Viral. É importante ressaltar que os profissionais de saúde devem tomar duas doses da vacina tríplice viral.
A tríplice está disponível na rotina dos serviços de todas as salas de vacina do Distrito Federal.
Para redução do risco de adquirir ou transmitir a caxumba, adote as seguintes medidas gerais de prevenção:
lavar e higienizar frequentemente as mãos, principalmente antes de consumir algum alimento;
usar lenço descartável para higiene nasal;
cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
manter os ambientes bem ventilados
evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de caxumba.
A pessoa que está com a caxumba deve ser afastada das suas atividades por um período de 10 dias. Se tiver alguma gestante no primeiro trimestre de gravidez, no ambiente escolar de ocorrência do surto, ela deverá ser afastada.
Renata Brandão destaca que na ocorrência de dois ou mais casos em um determinado local, a unidade básica de saúde mais próxima deverá ser informada o quanto antes para que as devidas providências sejam tomadas