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Grama plantada pela Odebrecht vira erva daninha e cria raízes em outras terras

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Bartô Granja

Gases emanados do centro da terra estão prestes a explodir mais uma estrutura de corrupção enraizada em Brasília. O certo é que as sementes de grama fertilizadas pela Odebrecht com 200 mil reais no Brasília Shopping, floresceram em terras próximas.

As colheitas fazem parte da nova fase da Operação Lava Jato deflagrada nesta terça-feira, 22. É como um pavio de pólvora que, enterrado e adubado durante longos anos, fosse colocado sobre a terra, secasse e permitisse que o fogo se alastrasse, jogando tudo pelos ares.

Todo o esquema era liderado diretamente por Marcelo Odebrechet, preso desde o ano passado em Curitiba. A procuradora Laura Gonçalves Tessler, da força-tarefa da Lava Jato, sustenta que Odebrecht “comandava a sistemática de pagamento de propina” em Brasília e outras capitais.

A Polícia Federal identificou números, telefones e siglas em planilhas apreendidas no escritório da empresa em Salvador. Especificamente sobre Brasília, a Odebrecht tem seu nome associado a grandes obras, como o bairro Jardins Mangueiral, em São Sebastião, e o Centro Administrativo, em Taguatinga.

Essa nova etapa da Lava Jato, conforme antecipou há uma semana a coluna Periscópio, de Notibras, também deve lançar seus tentáculos ao continente africano. O primeiro pouso deve ser em Luanda, capital de Angola.

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