Servidores públicos do Distrito Federal aprovaram nesta quinta-feira (8) greve por tempo indeterminado em repúdio à decisão do governador Rodrigo Rollemberg de suspender reajustes salariais, que vinham acontecendo de forma escalonada desde 2013. A paralisação foi decidida durante assembleia na praça em frente ao Palácio do Buriti. Os servidores chegaram a fechar o Eixo Monumental em frente à sede do Executivo. As informações são do G1.
De acordo com a Polícia Militar, o ato foi pacífico e reuniu 2 mil pessoas. Não houve confronto. Um cordão de isolamento foi montado em frente à sede do Executivo local para coibir tentativa de invasões.
Entre as áreas afetadas pela greve geral estão saúde, educação, limpeza urbana, necrópsia e administração direta. O secretário de Relações Institucionais, Marcos Dantas, disse que tem mantido as discussões com os servidores, mas que, “enquanto não houver dinheiro em caixa, não dá para falar em calendário.”
“A gente faz um apelo para que eles não desrespeitem a população. A gente é servidor público para servir o Estado”, afirmou. “A gente não discute lei, lei é para ser cumprida. Mas o governo do DF não tem condições nenhuma para honrar esses reajustes. Não se pode falar de propostas em um momento de crise como esse. […] Chega de pirotecnia, chega de invencionice Só pode fazer despesa se você tiver receita. Nós não temos.”
O vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Direta, Márcio Paiva, disse que toda a estrutura do governo vai ser afetada com a iniciativa. A entidade representa 40 mil servidores, divididos em 32 categorias.
“Desde que o governo entrou, a gente tenta conversar com o governo. Sentamos à mesa três vezes, e o governo tratou como se ele não tivesse compromisso com os serviços prestados à sociedade”, disse. “Veio querer falar de crise, mas crise no DF não existe. Se ele não coloca isso [recursos financeiros] no mercado de trabalho e no comércio local, ele é que faz a crise em Brasília.”