Desde que foi eleito, quando enganou o povo com promessas mentirosas, o governador Rodrigo Rollemberg nunca se sentiu tão telhado de vidro como agora. As pedras são lançadas de todas as direções. As que mais doem, porém, partem dos servidores públicos em greve (saúde, bancários, agentes penitenciários, do Na Hora, Detran e DER) que exigem o cumprimento de acordos.
Encurralado, o governador decidiu que o ponto dos grevistas será cortado. A reação foi imediata: “Se for macho, corta. Mas só se for macho”, advertiram funcionários da área da saúde durante assembleia da categoria que aprovou a manutenção da greve. “Ele é um m…”, disse uma servidora que preferiu manter o anonimato.
Os servidores pedem o pagamento do reajuste salarial escalonado que havia sido acordado na gestão passada. O governador anunciou no mês passado a suspensão do pagamento por falta de recursos.
Após votação unânime para continuação da greve, o grupo marchou rumo ao pronto-socorro da unidade, onde uma oração foi realizada. Durante a marcha, todas as faixas da via em frente à Rua das Farmácias, na 102 Sul, foram interditadas no sentido W3. O SindSaúde estima em 30 mil o número de funcionários que aderiram ao movimento.