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Grito das ruas de 2013 não provoca mudanças e Câmara será até 2018 quase igual a de 2010

O grito das ruas em 2013 para a renovação da política não refletiu na democracia representativa. Neste ano, os eleitores elegeram 198 novos deputados federais, o que representa 38,6% da Câmara, enquanto 290 foram reeleitos (56,5%) e outros 25 já passaram pela casa (4,9%).

A taxa de renovação (43,5%) ficou dentro da média de anos anteriores e ligeiramente menor que em 2010 (46,4%). O Estado que mais renovou bancada para a próxima legislatura foi o Acre, com seis deputados novos de um total de oito.

Santa Catarina teve a menor taxa, com 13 reeleitos e dois deputados novos, uma renovação de 13%. O Distrito Federal também teve percentual igual de renovação, com apenas um deputado eleito que nunca passou pela Câmara. Outros três eleitos da capital federal não estão na atual legislatura, mas já passaram pela Casa em outras ocasiões.

Os partidos que mais reelegeram deputados proporcionalmente foram os novatos Solidariedade (SD) e Pros. O primeiro reelegeu 11 de seus 15 deputados, um percentual de 73,3%, enquanto o segundo manteve oito de 11 parlamentares, uma taxa de 72,7%. As legendas, no entanto, encolheram: o Pros passou de 20 deputados para 11, enquanto o SD passou de 22 para 15.

O Psol reelegeu todos os três deputados de sua atual bancada – Ivan Valente (SP), Chico Alencar (RJ) e Jean Wyllys (RJ) – e conseguiu levar outros dois para a Câmara. Com uma bancada agora de cinco deputados, os reeleitos do Psol são 60% dos representantes do partido na Casa.

A Câmara deste ano será mais pulverizada, com maior número de partidos. O PT segue como o maior partido da Casa, mas perdeu parlamentares – atualmente são 88, enquanto 70 se elegeram. O PMDB segue em segundo colocado, com 66 deputados, ante 71 dos atuais deputados.
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Terceiro maior partido da Câmara, o PSDB aumentou o número de deputados, de 44 para 54. O oposicionista DEM, por outro lado, saiu de 28 para 22, sem cumprir a meta de ter mais de 31 representantes na Casa.

O número era uma referência para o partido. Uma legenda com 31 deputados pode, sozinha, pedir verificação de quórum no plenário da Casa para dificultar votações que não sejam de seu interesse e até derrubar sessões. Além do PT, PMDB e PSDB, estão neste patamar o PSD (37 deputados), PP (36), PSB (34) e PR (34).

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