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Grito das ruas foi um sinal. Oposição vê o impeachment de Dilma votado até julho

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Pedro Venceslau e Valmar Hupsel Filho

A avaliação dos partidos de oposição no Congresso Nacional é a de que o volume das manifestações deste domingo terá como primeiro reflexo a aceleração do processo de impeachment.

A meta é que o rito seja cumprido até o recesso parlamentar, que acontece em julho. Aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), relataram aos líderes do bloco oposicionista que ele pretende convocar sessões em dias inusuais na Casa, como segundas e sextas-feiras.

O PSDB e o DEM acreditam que, na quarta-feira, o STF deve votar contra o recurso de Cunha sobre o rito do impeachment e esperam que já na quinta-feira os líderes partidários da Câmara indiquem os nomes que farão parte da comissão especial do impeachment que avaliará o pedido.

“O processo de impeachment será acelerado”, diz Silvio Torres (PSDB-SP), secretário-geral do PSDB. O deputado Antonio Imbassahy (BA), líder do PSDB, diz que o bloco de oposição se reunirá nesta segunda-feira para traçar um plano “até o dia da votação”, que os tucanos esperam que ocorra em 45 dias.

“Os parlamentares que tinham algum tipo de dúvida ficaram vivamente impressionados porque a vontade do País é essa”. Já o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) afirma que os parlamentares terão a “obrigação” de criar a comissão do impeachment o mais rápido possível.

“A conversa com o parlamento mudou. Até hoje muitos parlamentares e partidos achavam que o quadro podia ter retorno e que poderiam se manter na estrutura do governo”, diz Caiado.

estadao

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