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Novo rumo

Grotescos cedem, desafetos vão conversando e o Brasil vai mudando

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Autor/Imagem:
Fernando Tolentino - Especial para Notibras/Foto Tomaz Silva/ABr

Será que a partir de agora temos um novo Brasil? Até então havia, de um lado, o Brasil dos que se identificam com a esquerda e a estes se juntavam os que viram o vírus do fascismo infestando o governo anterior.

Do outro lado, os que estavam atraídos pelas propostas de radicalização à direita e, com isso, identificavam-se com o presidente anterior.

É possível que isso tenha mudado.

Grande parte deste grupo pode ter aberto os olhos e visto que aquele governo que deveria estar saindo no final de 2022 tinha índole efetivamente golpista – e portanto fascista – além do que estava inteiramente envolvido com a corrupção.

Este grupo pode ter se afastado a partir das fartas e irrespondíveis questões colocadas na denúncia da Procuradoria Geral da República.

Digamos que é o grupo com tendência ideológica à direita, mas um compromisso ético.

Teria restado portanto na área de influência do governo anterior apenas aqueles que, mesmo enxergando a falta absoluta de compromisso democrático e até a prática abertamente criminosa, como no Punhal Verde, que pretendia assassinar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Além, claro, da prática da corrupção desenfreada, achavam que tudo isso eram questões menores. Que vale a pena fingir que fechava os olhos e se manter com os fascistas que se negam a cumprir o que lhes exigia a ordem institucional e entregar o governo.

É isso que se espera. Um Brasil democrático, ainda que constituído de pessoas ideologicamente de direita e os que têm compromisso com os interesses dos trabalhadores e dos brasileiros em condição vulnerável. E. na sarjeta, os golpistas, os mesmos de sempre, os que fizeram 1964, fizeram o Ato Institucional de 1968, os atos terroristas que tentaram impedir a redemocratização e elegeram o governo anterior, negando-se a entregá-lo a quem foi legitimamente eleito.

Vamos ver se temos esse Brasil pela frente.

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