Grupos que pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff que convocaram manifestações contra a petista neste domingo (16) avaliam que o movimento atingirá ao menos 270 cidades do Brasil e do exterior. Há atos agendados em todos os Estados brasileiros, pela manhã, a partir das 8h, e à tarde.
Principais organizadores, os grupos Vem Pra Rua, Revoltados Online e MBL (Movimento Brasil Livre) divulgaram o protesto por redes sociais e com panfletagens nas ruas. O principal foco, segundo eles será o “Fora Dilma”, mas o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também será cobrado nos atos por ter sinalizado uma aliança com o governo na última segunda-feira (10).
Denunciado por um dos delatores do esquema de corrupção da Petrobras, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que teria recebido US$ 5 milhões de propina (R$ 17,5 milhões), será poupado pelos grupos por ser considerado um aliado da causa e ter o poder de pôr em votação na Câmara um pedido de impeachment da petista.
Apostando na atual crise política e econômica que atinge o país como “chamariz” para os protestos, os organizadores dizem esperar participação popular superior a das outras duas grandes manifestações contra o governo realizadas este ano, apesar de o número de municípios com atos agendados neste domingo ser inferior ao anterior –mais de 400.
Os protestos ocorridos nos dias 15 de março e 12 de abril reuniram cerca de 2 milhões e 560 mil pessoas, respectivamente, segundo estimativas da Polícia Militar dos Estados onde houve protestos.