O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, aliado ao chavismo, proibiu nesta terça-feira, 29, o líder opositor Juan Guaidó de deixar a Venezuela e congelou suas contas no país a pedido do Ministério Público. O cerco judicial chavista começou após a decisão da Casa Branca de permitir à oposição acessar ativos do Estado venezuelano nos EUA.
Washington alertou que qualquer ato contra Guaidó, a quem reconhece como presidente interino, “terá consequências”. E anunciou que estuda enviar cinco mil soldados à Colômbia, que faz fronteira com a Venezuela, para uma eventual invasão à Venezuela para depor Nicolás Maduro.
O procurador-geral venezuelano Tarek William Saab, não especificou quais foram os supostos crimes cometidos por Guaidó. O opositor se declarou há uma semana líder interino da Venezuela, com reconhecimento de parte da comunidade internacional, e convocou uma nova marcha contra Maduro para esta quarta-feira, 30.
Saab pediu uma investigação preliminar sobre Guaidó, que se disse tranquilo: “Não subestimo uma ameaça de ser preso, apenas acho que não é nenhuma novidade (o pedido do MP)”, disse ao chegar à sede da Assembleia Nacional, controlada pela oposição, mas sem poderes efetivos desde 2016. Guaidó anunciou o nome de embaixadores para alguns países que o reconheceram como presidente. O embaixador nos EUA, Carlos Vecchio, foi recebido nesta terça-feira pelo vice Mike Pence.