Ainda buscando se firmar na Série B do Campeonato Brasileiro, a Ponte Preta ganhou um grande ânimo para a sequência da temporada ao derrotar o Guarani pelo placar de 3 a 2, em pleno estádio Brinco de Ouro da Princesa, com torcida única, pela quarta rodada. Este foi o 191º dérbi campineiro.
Apesar da derrota, a vantagem do confronto ainda é do Guarani. O time de Umberto Louzer tem 66 vitórias sobre o rival, contra 62 da Ponte. Houve ainda outros 62 empates.
Na tabela da Série B, porém, a Ponte pulou para a oitava colocação, com seis pontos, três atrás do primeiro time dentro da zona de classificação, o CSA. Já o Guarani só não acabou na zona do rebaixamento por ter um saldo de gols melhor do que o CRB: -1 a -3. Ambos têm três pontos.
Cinco anos depois do último dérbi campineiro, a expectativa era grande para o duelo entre Guarani e Ponte Preta. Antes da bola rolar, uma notícia triste mexeu com todos os envolvidos. Leonardo Daniel Bernardes Silva, de 18 anos, foi morto após um conflito entre torcida no bairro São Bernardo. Ele era torcedor da Ponte Preta.
No estádio, com torcida única, o clima era de apreensão. A torcida do Guarani compareceu em peso para receber os torcedores e acabaram tendo um primeiro contato com os jogadores.
Desde o apito do árbitro Leandro Vuaden, os jogadores se mostraram pilhados. A Ponte Preta reclamou logo de cara de um possível toque de mão de Edson Silva. Após a comunicação entre os responsáveis pela arbitragem, foi marcado escanteio.
O lance inflamou o Guarani. O time mandante foi para cima e abriu o placar em seu primeiro lance de perigo. Em cobrança de escanteio de Bruno Nazário, o zagueiro Éverton Alemão cabeceou em cima de Danilo Barcos. O meia da Ponte tentou tirar o corpo, mas acabou jogando para dentro do gol.
Mas a Ponte estava em uma noite iluminada. O time de Doriva respondeu na sequência. O mesmo Danilo Barcelos cobrou escanteio na cabeça de Reginaldo. O ex-zagueiro do Fluminense subiu sozinho para deixar tudo igual.
A Ponte Preta começou a gostar do jogo e encaixou uma bela jogada de contra-ataque para fazer o segundo. Cardoso tocou para Igor, que acionou André Luis. O atacante passou pela marcação de Marcílio e mandou para o fundo das redes. Na comemoração, usou uma máscara de macaco. No final do primeiro tempo, foi relatado um cartão amarelo para o jogador, mas o quarto árbitro não conseguiu explicar o motivo da punição além de conduta antidesportiva.
O jogo continuou movimentado até o fim. Ambos os times tiveram oportunidades de chegar ao gol, mas a Ponte Preta era quem estava mais perto de ampliar. Na tentativa de Felippe Cardoso, o goleiro Bruno Brígido fez um milagre.
Emoções não faltaram também no segundo tempo. A Ponte Preta voltou melhor e não demorou a fazer o terceiro. Danilo Barcelos fez boa jogada pelo lado esquerdo e tocou para André Luís só empurrar para o gol.
Mesmo atrás do placar, o Guarani não abaixou a cabeça e ainda diminuiu aos 27 minutos. Rafael Longuine foi derrubado por Renan Fonseca, e o árbitro assinalou pênalti. Rondinelly deslocou Ivan para fazer o segundo gol.
No fim, o Guarani esboçou uma blitz, mas não conseguiu acertar o alvo, pecando na finalização. A Ponte chegou a marcar com Júnior Santos, mas o lance foi prontamente anulado pela arbitragem por impedimento. Já Felippe Cardoso teve a oportunidade de dar números finais no último lance do jogo, mas parou no milagre de Bruno Brígido, que viu três atletas rivais na sua frente, mas mesmo assim defendeu. Não conseguiu, porém, evitar a derrota.
Na próxima rodada, o Guarani recebe o Criciúma na terça-feira, às 19h15, no estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas (SP). A Ponte só volta a campo no dia 13 de maio (domingo), às 16h, diante do Vila Nova, no Serra Dourada, em Goiânia (GO).