Os servidores da saúde do Distrito Federal decidiram manter a greve iniciada nesta quinta-feira, apesar de o Tribunal de Justiça do Distrito Federal determinar a imediata volta dos profissionais ao trabalho depois de considerar a paralisação é “ilegal” e “abusiva”. Segundo o G1, os sindicatos dos Médicos e dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde (SindiSaúde) informaram que não foram notificada sobre a decisão.
“Os pronto-socorros e as urgências estão funcionando normalmente. Inclusive pedimos reforço dos servidores”, “, afirmou o presidente do Sindicato dos Médicos, Gutemberg Fialho. As pessoas estão insatisfeitas com a saúde pública do Distrito Federal por incompetência do GDF e não pela greve. Não fomos notificados pelo Tribunal de Justiça e portanto, a greve continua.
A ação foi ajuizada pelo governo do DF, que alegou que, mesmo com a totalidade dos servidores trabalhando, está com a saúde pública em situação de emergência. A paralisação suspendeu a realização de exames, cirurgias, atendimentos odontológicos, marcação de consultas a reduziu a quantidade de ambulâncias disponíveis. O GDF alegou que a greve foi deflagrada sem realização de assembéia e de comunicação prévia de 72 horas.
Gutemberg Fialho, no entanto, afirma que o sindicato encaminhou para a Secretaria de Saúde no dia 17 de setembro um ofício informando que a greve começaria no quinto dia útil do mês de outubro. No documento, o Sindicato dos Médicos ressalta que a paralisação será por tempo indeterminado, até que o GDF cumpra o reajuste do plano de carreira, previsto em lei.
“O sindicato cumpriu todos os procedimentos. O governo age de má-fé, alterando a verdade dos fatos. Ele [governo do DF] mente para induzir o Judiciário a erro”, disse o presidente do Sindicato dos Médicos.