A imposição de tarifas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desencadeou uma guerra comercial que ameaça desestabilizar a economia global. As medidas incluem uma tarifa de 25% sobre importações do Canadá e do México, além de uma tarifa adicional (ao menos por ora) de 10% sobre produtos chineses.
Essas ações já provocaram reações significativas nos mercados financeiros. As bolsas europeias registraram quedas acentuadas, com o índice DAX da Alemanha caindo 3,5%, enquanto Wall Street sofreu perdas históricas, com o índice S&P 500 perdendo US$ 3,6 trilhões em capitalização.
Economistas alertam que essas tarifas podem levar os Estados Unidos a uma recessão nos próximos nove a doze meses, devido ao impacto negativo no crescimento econômico e ao aumento da inflação.
Além disso, consumidores americanos devem se preparar para aumentos de preços em diversos produtos, desde eletrônicos até itens de uso diário, como alimentos e combustíveis.
O impacto não se limita aos Estados Unidos. O Canadá e o México, altamente dependentes do mercado americano, enfrentam desafios econômicos significativos. O Canadá já anunciou tarifas de 25% sobre produtos dos EUA, enquanto a China aplicará tarifas de 15% em alguns produtos agroalimentares americanos, e o México planeja responder com medidas tarifárias e não tarifárias.
Especialistas brasileiros também expressam preocupação. O ex-embaixador Rubens Barbosa afirmou que as tarifas impostas por Trump podem desorganizar significativamente o sistema comercial global.
Além disso, análises indicam que a guerra tarifária pode prejudicar principalmente os próprios Estados Unidos e isolar o país no cenário internacional.
O certo, entendem analistas de mercado, é que a guerra tarifária iniciada por Donald Trump está criando um turbilhão na economia global, com efeitos adversos previstos para diversos países e setores econômicos.
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Dora Andrade é Editora de Business de Notibras