Entre o Gueto de Varsóvia e o Gueto de Gaza a diferença é só de escala. No primeiro houve “apenas” 380 mil judeus submetidos ao cerco dos nazistas alemães, no segundo há 2,2 milhões de palestinos submetidos ao cerco nazi-sionista. Enquanto associam o PT ao Hamas, Israel busca “a solução final na questão Palestina”.
Em ambos os casos se trata de terrorismo de Estado e de políticas genocidas sistemáticas e premeditadas. Os últimos crimes do governo israelense são o corte de água, comida e eletricidade aos habitantes da Faixa de Gaza, seguido do bombardeamento indiscriminado da população civil por meios aéreos (a tropa sionista é demasiado covarde para por ali botas no terreno).
Mas punição coletiva de um povo é um crime de guerra previsto na Convenção de Genebra. Mais uma vez, também nisto o Estado nazi-sionista segue o exemplo do seu antecessor alemão. A ação “terrorista” do Hamas é uma resposta ao terrorismo do Estado israelense, ao longo de décadas. Mas não se pode por um sinal de igual entre o terrorismo dos oprimidos e o terrorismo dos opressores.
O roubo de terras – com a expansão contínua dos colonatos judeus – e o despojamento dos recursos do povo palestino perduram desde 1948 até hoje. Problemas não resolvidos tendem a apodrecer e este já gangrenou. O povo palestino está sozinho. Com o fracasso da ONU e da chamada “comunidade internacional” este povo não tem a quem recorrer.
Sem podem lutar por si mesmo. Deve por isso ser apoiado por todas as pessoas decentes do mundo. Atirar pedras no Hamas e mostrar-se equidistante é um ato de covardia política e moral.