A queixa
Habite-se é pedra no sapato do setor da construção civil
Publicado
emCarolina Paiva
Com os recursos projetados pelo BRB para a indústria da construção civil em 2017, e outras fontes de financiamento, O setor imobiliário sinaliza com a contratação de 92,7 mil empregos diretos e indiretos somente em razão dos 145 projetos de empreendimentos aprovados em 2016 e que deverão ser lançados a partir de agora.
Há ainda 224 mil vagas diretas e indiretas para serem abertas ao longo dos próximos anos, mas isso depende desse mesmo para autorizar 221 novos projetos ainda na fila de aprovação.
Os 145 empreendimentos aprovados em 2016 representam R$ 9 bilhões em negócios; os 221 projetos na fila da aprovação podem movimentar mais R$ 22 bilhões para a área imobiliária.
Com mais vendas de unidades, os cofres do Governo de Brasília ficarão mais gordos. Só em impostos, são mais de 120 milhões. Há, porém, o probolema do habite-se, apomntam os empresários. Há mais de 7 mil unidades sem autorização de ocupação.
“A oferta de imóveis novos baixou de 14 mil unidades residenciais para 8 mil nos últimos anos; é preciso repor a oferta com mais lançamentos. Já há falta de alguns tipos de imóveis no DF”, alerta o presidente do Sinduscon, Luiz Carlos Botelho.
Pesquisa comparativa entre os anos de 2015 e 2016 demonstra tecnicamente que as vendas de imóveis residenciais novos em Brasília recuperou o ritmo de vendas. O indicado em 2016 foi 5,1%, superando os 4% de 2015, um incremento de 27,5%. O setor imobiliário considera que um IVV na casa dos 5% representa uma velocidade adequada para a venda de um empreendimento imobiliário.
As empresas que participaram da pesquisa do IVV anunciaram que em 2016 venderam, em média, 214 unidades por mês; em 2015 a média mensal foi de 175.
Segundo Paulo Muniz, Presidente da Ademi, as perspectivas para 2017 são otimistas, porém, o setor imobiliário precisa de ações do governo local: “com a queda da taxa Selic percebe-se um maior interesse da população pelo imóvel próprio e contamos com o empenho do Governo do Distrito Federal para aprovar novos projetos imobiliários que atendam a esta demanda”, afirma.
A reivindicação, segundo ele, “faz todo sentido, se considerarmos que em 2016 houve o menor número de lançamentos de imóveis residenciais dos últimos anos. Foram apenas doze lançamentos (em 2015 foram 18 lançamentos). O mercado dá mostras claras que absorverá um número maior de lançamentos, mas é preciso ter agilidade na aprovação de projetos e também na redução da burocracia governamental para liberação de Habite-se”