Gabriel Perline
É com sensação de dever cumprido que Daniel Ortiz encerra nesta terça, 8, Haja Coração, sua segunda novela como autor principal na Globo. Entre os desafios, estavam o de manter a boa média do horário – deve acabar na casa dos 27, assim como sua antecessora, Totalmente Demais -, transformar uma trama dos anos 1980 em uma história contemporânea e, o mais importante, agradar a Silvio de Abreu. O diretor de dramaturgia da emissora, além de ser seu mentor, é o criador de Sassaricando, obra que inspirou a atual novela.
“Quando comecei esse projeto, o Silvio de Abreu foi muito generoso e me deu carta branca para fazer o que eu quisesse. Nós nos falamos todos os dias e ele me deu vários feedbacks. Sempre foi muito querido e disse que a novela era minha. Ele me deu várias orientações, assim como faz com todos os autores, mas sei que ele está muito feliz com o sucesso de Haja Coração”, disse o autor ao jornal “O Estado de S. Paulo”.
Antes de ser ‘descoberto’ por Silvio de Abreu, Daniel havia escrito uma novela mexicana e uma árabe. Na Globo desde 2010, foi colaborador de Passione (2010) e Guerra dos Sexos (2012) – ambas de Abreu – e foi promovido em 2014, com Alto Astral, sinopse escrita por Andréa Maltarolli (1962-2009), responsável por interromper a queda da audiência na faixa das 19h. Após dois trabalhos bem-sucedidos, o próximo deve ter argumento de autoria própria.
“Quero fazer algo original, mas esses trabalhos surgiram e foi uma coincidência. Vou pensar numa história com mais calma, agora que terei mais tempo. Fiz cinco novelas em seis anos. É muita coisa.”