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‘Herói’ da ditadura vai sobrar pra Bolsonaro

A Corte Interamericana de Direitos Humanos começou a analisar denúncia apresentada contra o governo Jair Bolsonaro, que prestou homenagem ao tenente-coronel da reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura, o ‘Major Curió’, de 85 anos. Ele foi um dos agentes de repressão da ditadura militar que atuou no combate à Guerrilha do Araguaia, no sudoeste paraense, nos anos 1970.

De acordo com secretário executivo da Corte, Pablo Saavedra Alessandri, a denúncia será levada à “atenção das partes e da Comissão IDH (Interamericana de Direitos Humanos) para informação”. O processo foi movido pelo Instituto Vladimir Herzog, o Núcleo de Preservação da Memória Política e o Psol no início do mês.

O governo foi denunciado por descumprir sentença unanime da Corte que condenou o Brasil pelo desaparecimento forçado e morte de dezenas de pessoas durante o período da ditadura. Na ação, o governo brasileiro é acusado de ter “promovido novas violações ao direito à verdade ao difundir informações falsas sobre o ocorrido nas operações contra a ‘Guerrilha do Araguaia’ e a ditadura em geral”.

Curió foi recebido por Bolsonaro no Palácio do Planalto no último dia 4. Após a visita, o perfil oficial da Secretaria Especial de Comunicação (Secom) saudou o militar como “herói”.

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