Duas estrelas ainda em ascensão do jornalismo brasiliense, que ainda têm um pouco a aprender embora possuam bagagem suficiente para muito ensinar, resolveram regredir no tempo. Trocaram as mesas de cafés famosos de Brasília e escolheram aleatoriamente o período medieval para suas contendas. Armados de escudos e espadas, e não com a caneta que deve ser sempre usada como arma, entraram num perigoso jogo romano como Spartacus de novos tempos.
De um conto, quem replica. aumenta um parágrafo, acrescenta uma vírgula e fecha um período com uma frase sem sentindo, apenas para, como Nero, ver o circo pegar fogo. Há os que alimentam a fogueira da vaidade, como desejando saber de qual jugular esvairá o sangue da primeira veia.
De longe, acompanhei superficialmente os acontecimentos. Preocupa-me a cizânia por se tratar de dois irmãos-colegas. Não julgo, não entro no mérito da questão. Um trabalhou para um politico corrupto, mas foi inocentado em todas as peças assinadas pelo Ministério Público. Outro prestou consultoria a um bicheiro, mas teve sensibilidade de romper o acordo antes que fagulhas chamuscassem sua imagem, ameaçando incinerar seus prêmios de combustível.
Reitero que são estrelas em ascensão. Capazes mesmo de ofuscarem a minha luz que já se apaga. Uso a pequena brasa em meio a cinzas pouco ardentes para apelar a esses dois renomados profissionais. Nenhum deles é chantagista. Não são pessoas de extorquir. Quem diz e alimenta o contrário não merece sentar na mesma mesa do Belini.
O jogo é outro. Esses dois colegas-irmãos não podem fazer o papel de marionetes, entregando-se a intrigas que têm por alvo difamar e prejudicar a figura de um eminente senador da República. MP e LL vão entender meu pedido. Afinal, o café do Belini é gostoso. E fica mais saboroso quando com eles dois compartilho da mesma mesa.